Este é o homem que prometeu colocar Portugal no pelotão da frente da União Europeia.
Este é o homem que não aumenta os funcionários da Administração Pública há dois anos e que arranjou maneira de dar chorudos aumentos aos administradores dos hospitais SA.
Este é o homem que diz que vai aumentar os funcionários da Administração Pública em 2005.
Este é o homem que depositava toda a sua confiança em Martins da Cruz e Pedro Lynce. E Isaltino Morais.
Este é o homem que deposita toda a sua confiança em Celeste Cardona.
Este é o homem que prometeu não aumentar os impostos.
Este é o homem que prometeu acabar com as listas de espera nos hospitais públicos.
Este é o homem que afirma não querer ver mulheres condenadas por serem forçadas a praticar aborto.
Este é o homem que viu as provas inequívocas da existência de armas de destruição massiva no Iraque.
Este é o nosso homem.
sexta-feira, janeiro 30, 2004
Obrigado, Miguel
O filho de Sophia de Mello Breyner Andersen e de Francisco Sousa Tavares agradece hoje, no Público, a Ricardo Espírito Santo, realizador da Sport TV, não ter exibido imagens do rosto de Miklos Fehér quando a sua vida se apagava no relvado de Guimarães. O autor de um dos best-sellers de 2003, enaltece ainda o facto de a Sport TV ter recusado ceder essas imagens do sofrimento de Fehér a outras estações de televisão. Segundo o colunista, graças a Ricardo Espírito Santo e à direcção da Sport TV "Miklos Fehér, a sua família e os seus amigos tiveram direito a um resto de dignidade e de privacidade." Acrescenta o homem que queria dar uns tabefes em Manuela Moura Guedes que "É bom que os portugueses saibam que ainda há, entre os jornalistas, quem recuse e quem se indigne com um jornalismo feito ao serviço das carpideiras e dos voyeurs." Pois. O autor destas palavras não está obviamente a referir-se a um certo canal privado de televisão no qual ele próprio surge às terças-feiras no papel de comentador.
Silêncio higiénico
Após alguns dias de "repouso", as dores voltam á Coluna. Numa semana de tanto ruido (o voyeurismo mórbido a propósito da morte de Miklos Fehér, os edificantes exemplos das doutoras Cardona e Leite, os cortes nas comparticipações da Assistência na Doença aos Servidores do Estado, vulgo ADSE, os péssimos desempenhos dos nossos jovens nas disciplinas de Português e Matemática), apeteceu-nos manter o silêncio. Um silêncio higiénico.
segunda-feira, janeiro 26, 2004
Continuam a só me sair duques
Ferro Rodrigues disse ao Público que no PS "o ambiente está muito melhor" e que "pior do que o ano passado é impossível". Tenho as minha dúvidas. Depois das tremendas demonstrações de inépcia política dadas por Ferro durante o ano de 2003, não me parece de todo impossível que Ferro e o seu PS sejam capazes de fazer ainda pior.
Pois a mim só me saem duques
Um tal de Manuel Fernandes, ao que parece líder da distrital de Braga do PPD-PSD, cobriu ontem (salvo seja) Pedro Santana Lopes, ao que parece candidato à presidência da República, de carinhosos e hiperbólicos elogios. Tudo aconteceu num jantar em Famalicão ao qual compareceram 2 mil pessoas. "Perfume afectivo", "imprescindível", "às de trunfo", "mais-valia", "notável afectividade" foram alguns dos mimos distribuidos pelo senhor Fernandes. Comovente, sem dúvida.
E PSL até já fala na "minha candidatura". Ao se referir ao apoio de Manuel Monteiro ("esse ex-militante do CDS") a Aníbal Cavaco Silva (esse outro putativo candidato à presidência da República), PSL lá deixou escapar que acha que esse apoio se deve apenas ao facto de Monteiro considerar que Paulo Portas (esse ex-amigo de Manuel Monteiro) "é apoiante da minha candidatura".
A direita portuguesa no seu melhor.
E PSL até já fala na "minha candidatura". Ao se referir ao apoio de Manuel Monteiro ("esse ex-militante do CDS") a Aníbal Cavaco Silva (esse outro putativo candidato à presidência da República), PSL lá deixou escapar que acha que esse apoio se deve apenas ao facto de Monteiro considerar que Paulo Portas (esse ex-amigo de Manuel Monteiro) "é apoiante da minha candidatura".
A direita portuguesa no seu melhor.
Adeus 1979 - 2004
Miklos Fehér, 24 anos, jogador de futebol do Sport Lisboa e Benfica e da selecção nacional hungara.
domingo, janeiro 25, 2004
Que se lixe...
Estava a considerar a hipótese de escrever um post a pedir desculpa pelo óbvio mau gosto do post anterior, mas parece-me que não. Modéstia à parte, acho que o mau gosto deste post se conjuga na perfeição com a personagem visada.
É um estadista português com certeza
Manuel Monterio, líder daquele partido que "graças a Deus não tem suspeitos de pedofilia" e ex-amigo de Paulo Portas, vai ser o cabeça de lista do seu partido às eleições europeias. Parece-me bem e espero sinceramente que o senhor seja eleito e que fique longe de Portugal o máximo de tempo possível.
Na mesma reunião do seu partido, realizada logicamente em Fátima (where else?...), Monteiro manifestou o seu apoio a uma eventual candidatura de Aníbal Cavaco Silva à presidência da República (portuguesa, presumo). Parece-me igualmente bem: com mais uns quantos apoios destes e Cavaco jamais conseguirá ser eleito.
Entre várias confusas ideias sobre o sistema político português, Monteiro quer que a "chefia do Estado de Portugal" seja "uma casa de representação" e não "uma casa de folclore", o que também não me parece mal. Só não entendo uma coisa: uma casa de representação do género Parque Mayer (com casino)? Ou mais do tipo grupo de teatro amador? Ou na linha clube de teatro de escola secundária? E porque não uma casa de fados? Ou até, quiçá e em homenagem às mães de Bragança, uma casa de alterne?
Na mesma reunião do seu partido, realizada logicamente em Fátima (where else?...), Monteiro manifestou o seu apoio a uma eventual candidatura de Aníbal Cavaco Silva à presidência da República (portuguesa, presumo). Parece-me igualmente bem: com mais uns quantos apoios destes e Cavaco jamais conseguirá ser eleito.
Entre várias confusas ideias sobre o sistema político português, Monteiro quer que a "chefia do Estado de Portugal" seja "uma casa de representação" e não "uma casa de folclore", o que também não me parece mal. Só não entendo uma coisa: uma casa de representação do género Parque Mayer (com casino)? Ou mais do tipo grupo de teatro amador? Ou na linha clube de teatro de escola secundária? E porque não uma casa de fados? Ou até, quiçá e em homenagem às mães de Bragança, uma casa de alterne?
sexta-feira, janeiro 23, 2004
Recordações (saudades?)
3 de Maio de 1988, Teatro Académico Gil Vicente, Coimbra, fila C, cadeira 11. Sala esgotada. Durutti Column. Vinni Reilly (com Bruce Mitchell na bateria e não sei quem nas teclas) deslumbrava com a sua música frágil. Um concerto deslumbrante para um ainda adolescente em fase de descobertas (musicais e outras). Nesse mesmo ano, também os A Certain Ratio tocaram na cidade de Coimbra, à beira-rio.
E já passaram quase 16 anos?...
E já passaram quase 16 anos?...
So much to do, so little time...
Há fins-de-semana assim, ou não há fome que não dê em fartura: Kevin Blechdom no Porto (MAC de Serralves, hoje) e Lisboa (Galeria ZBD, amanhã); Jane Birkin em Lisboa (Culturgest, hoje e amanhã); Durutti Column em Lisboa (Santiago Alquimista, hoje) e no Porto (Teatro Rivoli, amanhã); David Carretta no Porto (Urbansound, hoje) e em Lisboa (Oparte, amanhã) e 4 Hero em Vila Nova de Gaia (Rox, amanhã). E na próxima quinta-feira 29 ainda há Elliot Sharp no Auditório Municipal da Guarda.
Vini Reilly, líder dos Durutti Column (saudades da adolescência...)
Citando uma das maiores pragas de sempre no mundo da música, crisis, what crisis?
E como é que um gajo consegue ir a todas?
Vini Reilly, líder dos Durutti Column (saudades da adolescência...)
Citando uma das maiores pragas de sempre no mundo da música, crisis, what crisis?
E como é que um gajo consegue ir a todas?
quinta-feira, janeiro 22, 2004
Silêncio
Às vezes é bom estar em silêncio, mas quando o silêncio é forçado só apetece mesmo gritar bem alto. Fazer o máximo de barulho possível. Partir tudo.
Até amanhã.
Até amanhã.
segunda-feira, janeiro 19, 2004
Olha que estranho
É verdade que não me foi possível prestar ao discurso de Jorge Sampaio toda a atenção que ele certamente merecia (pelo menos consegui manter-me acordado), mas o senhor já acabou o discurso e não me parece que tenha utilizado a palavra serenidade. Mais uma aposta perdida...
Olha a grande novidade!
«A Autoridade [da Concorrência] possui estudos que mostram que os custos das telecomuniçaões em muitos segmentos são cerca de 30 a 40% superiores aos mais eficientes na Europa, demonstrando, assim, a falta de concorrência». O presidente da Autoridade da Concorrência, Abel Mateus, subscreve em entrevista ao Diário Económico «a ideia de que há falta de concorrência no sector das telecomunicações em Portugal» . Parece que a culpa é da posição dominante que a PT detém no mercado das telecomunicações em Portugal.
A sério?! E de quem é a culpa de a PT deter uma posição dominante no mercado das telecomunicações?
A sério?! E de quem é a culpa de a PT deter uma posição dominante no mercado das telecomunicações?
Bocejos na tarde
Agora é a vez de Jorge Sampaio (para quem não sabe, Presidente da República...). Aposto que vai utilizar pela menos uma vez a palavra serenidade... Vou tentar manter-me desperto.
Bocejos na tarde
Está a decorrer a sessão solene de abertura do ano judicial.
Discursos de várias Suas Excelências protagonistas da Justiça em Portugal.
Resumidamente, tem sido dito que a Justiça blah blah blah... Os cidadãos isto e mais aquilo... O Estado de Direito e mais não sei o quê... Zzzzz a eficácia.... Rrrronc a competência e a defesa dos direitos doszzzzz... Reformas urgentes etc e tal...
Discursos de várias Suas Excelências protagonistas da Justiça em Portugal.
Resumidamente, tem sido dito que a Justiça blah blah blah... Os cidadãos isto e mais aquilo... O Estado de Direito e mais não sei o quê... Zzzzz a eficácia.... Rrrronc a competência e a defesa dos direitos doszzzzz... Reformas urgentes etc e tal...
domingo, janeiro 18, 2004
America the beautiful
sábado, janeiro 17, 2004
Remodelação JÁ!
Segundo bem informadas (e anónimas, creio) fontes, o primeiro-ministro tenciona remodelar o governo da nação até ao final do ano. Consta (diz-se...) que Amílcar Theias (Ambiente) e Figueiredo Lopes (Administração Interna) serão os dois ministros a ser remodelados, provavelmente porque não ficam bem nas fotos oficiais (realmente, aqueles óculos do ministro das polícias não lembram a ninguém)
Acho muito bem, mas penso que não se deveria perder tempo; a remodelação urge e deve ser bem mais profunda. Por exemplo, o PM deveria começar por se remodelar a si próprio: aquele corte de cabelo é uma verdadeira desgraça.
Acho muito bem, mas penso que não se deveria perder tempo; a remodelação urge e deve ser bem mais profunda. Por exemplo, o PM deveria começar por se remodelar a si próprio: aquele corte de cabelo é uma verdadeira desgraça.
sexta-feira, janeiro 16, 2004
Uff! Que alívio!...
Afinal este ano sempre vai haver Queima das Fitas em Coimbra. Descobri aqui e depois fui confirmar aqui. Pois a malta lá foi a votos no referendo sobre a realização ou não da Queima e decidiu-se esmagadoramente pelo sim. Grande alívio para as centrais cervejeiras, bem como para todos os artistas de variedades, produtoras de espectáculos musicais e vendedores ambulantes de churros e farturas. E para os propietários de roulotes de hamburgers e cachorros quentes e barracas de shots. Grande alívio também, vá lá, para o veteraníssimo Victor Hugo Salgado que vai passar a não ter grande coisa para fazer nos próximos tempos (vai deixar de ser presidente da Associação Académica de Coimbra). A menos que decida agora enveredar pelo estudo...
P.S.: "Ao final do dia de ontem já tinham votado cerca de 5300 alunos [...]" (As Beiras). Alguém me sabe dizer quantos alunos votaram nas últimas eleições para a Direcção-Geral da AAC?
P.S.: "Ao final do dia de ontem já tinham votado cerca de 5300 alunos [...]" (As Beiras). Alguém me sabe dizer quantos alunos votaram nas últimas eleições para a Direcção-Geral da AAC?
Horror!...
Liberdade de imprensa
Numa altura em que, em Portugal, tanto se discute a liberdade de imprensa e a introdução, ou não, de limitações à mesma, demos com esta iniciativa. Afinal o problema da liberdade não tem que ver exclusivamente com a liberdade de imprensa, mas também com a liberdade de cada um ter acesso a uma informação plural e isenta.
Um excerto da Media Carta:
"WE HAVE LOST CONFIDENCE in what we are seeing, hearing and reading: too much infotainment and not enough news; too many outlets telling the same stories; too much commercialism and too much hype. Every day, this commercial information system distorts our view of the world.
WE HAVE LOST FAITH in the institutions of the mass media. A handful of corporations now control more than half the information networks around the world. At a time when people worldwide face hunger, social disruption, war and ecological collapse, only those who know how to walk the walk, talk the talk or pay big bucks are getting their message across."
E até é possível assinar o manifesto.
Um excerto da Media Carta:
"WE HAVE LOST CONFIDENCE in what we are seeing, hearing and reading: too much infotainment and not enough news; too many outlets telling the same stories; too much commercialism and too much hype. Every day, this commercial information system distorts our view of the world.
WE HAVE LOST FAITH in the institutions of the mass media. A handful of corporations now control more than half the information networks around the world. At a time when people worldwide face hunger, social disruption, war and ecological collapse, only those who know how to walk the walk, talk the talk or pay big bucks are getting their message across."
E até é possível assinar o manifesto.
Disfunção pública
Justa ou injustamente, os funcionários públicos são, em Portugal , das mais mal vistas classes profissionais (talvez só ultrapassados pelos políticos). Preguiçosos e mal-educados, arrogantes e ignorantes, mal-formados e antipáticos. De tudo são acusados os nossos funcionários públicos. Há até quem considere que parte dos males do país é culpa dos maus funcionários públicos que nos servem, o que é, obviamente, uma rematada estupidez.
Em primeiro lugar, o Estado português, laxista e preguiçoso como poucos, não dá as devidas qualificações e a necessária formação aos seus funcionários. Em segundo lugar, esse mesmo Estado, que não age nunca como pessoa de bem, contrata funcionários a rodos com base em critérios de selecção, no mínimo, dúbios e obscuros. Em terceiro lugar, e para abreviar, a organização das carreiras no funcionalismo público português é anacrónica e absurda. (E não me venham com a velha história de que o Estado somos todos nós, porque isso não passa mesmo de uma história)
Agora, o Estado português, através do actual governo, reforça nos portugueses a ideia de que os seus funcionários públicos são realmente responsáveis pelos males do país, atribuindo-lhes aumentos de 2% (àqueles que auferem salários inferiores a 1 000 Euros) e de 0% (para os salários superiores a 1 000 Euros) com a desculpa de que assim se está a contribuir para a criação e manutenção de empregos, para o estímulo da economia e para a criação de uma sociedade mais justa.
Que é preciso cortar nas despesas já todos estamos fartos de saber. Agora, convinha que os cortes se fizessem de um modo mais racional e sem, subrepticiamente, atirar para cima de uma classe profissional responsabilidades que são, em última análise, de quem administra e governa este país de forma trapalhona e incompetente.
Ah, iluminados génios que nos governam.
Em primeiro lugar, o Estado português, laxista e preguiçoso como poucos, não dá as devidas qualificações e a necessária formação aos seus funcionários. Em segundo lugar, esse mesmo Estado, que não age nunca como pessoa de bem, contrata funcionários a rodos com base em critérios de selecção, no mínimo, dúbios e obscuros. Em terceiro lugar, e para abreviar, a organização das carreiras no funcionalismo público português é anacrónica e absurda. (E não me venham com a velha história de que o Estado somos todos nós, porque isso não passa mesmo de uma história)
Agora, o Estado português, através do actual governo, reforça nos portugueses a ideia de que os seus funcionários públicos são realmente responsáveis pelos males do país, atribuindo-lhes aumentos de 2% (àqueles que auferem salários inferiores a 1 000 Euros) e de 0% (para os salários superiores a 1 000 Euros) com a desculpa de que assim se está a contribuir para a criação e manutenção de empregos, para o estímulo da economia e para a criação de uma sociedade mais justa.
Que é preciso cortar nas despesas já todos estamos fartos de saber. Agora, convinha que os cortes se fizessem de um modo mais racional e sem, subrepticiamente, atirar para cima de uma classe profissional responsabilidades que são, em última análise, de quem administra e governa este país de forma trapalhona e incompetente.
Ah, iluminados génios que nos governam.
quinta-feira, janeiro 15, 2004
Mais uma universidade pública
O Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), pela voz do seu presidente Adriano Pimpão, afirma não concordar com a criação de mais uma universidade pública em Portugal. Em causa está uma promessa pré e pós-eleitoral de Durão Barroso à cidade de Viseu (capital do distrito outrora conhecido como Cavaquistão). Acham os senhores reitores das universidades públicas que não há quaisquer razões (nomeadamente científicas) que justifiquem a criação de mais uma universidade no país. E acham muito bem, digo eu. A criação de mais uma universidade (pública ou privada) não é, de todo e digam o que disserem, uma das prioridades no sector do ensino superior. Melhorar as instituições existentes talvez já fosse uma boa ideia: da qualidade das instalações à qualificação do corpo docente, passando pela acção social ou por uma mais criteriosa selecção dos alunos, há muito por onde começar. Haja vontade.
Claro que o que está aqui em causa não é tanto a necessidade que o país tem (ou não, neste caso) de mais uma universidade pública mas sim uma promessa eleitoral e os votos que a sua concretização pode render à actual maioria. E a Fernando Ruas, presidente da Câmara Municipal de Viseu.
Claro que o que está aqui em causa não é tanto a necessidade que o país tem (ou não, neste caso) de mais uma universidade pública mas sim uma promessa eleitoral e os votos que a sua concretização pode render à actual maioria. E a Fernando Ruas, presidente da Câmara Municipal de Viseu.
terça-feira, janeiro 13, 2004
...
Ainda há coisas que vão valendo a pena na defunta TSF. Por exemplo, as entrevistas do Pessoal e Transmissível. Ontem, o convidado foi João Magueijo, o cientista anarquista (como ele próprio se descreveu) que se atreve a questionar (e ainda bem) a teoria de Einstein.
...
O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras investigou, estudou e concluiu que não há turismo sexual em Portugal, portanto também não há pedófilos a viajar para Portugal em busca de meninos e meninas.
Lá está: razão tem essa velha meretriz da política madeirense, Alberto João Jardim - tudo não passa de uma campanha da imprensa ("lisboeta", obviamente...).
Lá está: razão tem essa velha meretriz da política madeirense, Alberto João Jardim - tudo não passa de uma campanha da imprensa ("lisboeta", obviamente...).
segunda-feira, janeiro 12, 2004
Se o senhor o diz
Alberto João Jardim, esse incansável combatente contra a opressão colonialista de Portugal, costuma descrever-se a si próprio como uma "velha meretriz". Pois, está está bem. Se o homem o diz, quem somos nós para o contrariar?
Também diz que não-sei-o-quê não o aquece nem o arrefece... Talvez escolhendo melhor os seus parceiros isso se resolva, não?
A propósito... Meretriz não quer dizer prostituta, puta, mulher da vida?
Também diz que não-sei-o-quê não o aquece nem o arrefece... Talvez escolhendo melhor os seus parceiros isso se resolva, não?
A propósito... Meretriz não quer dizer prostituta, puta, mulher da vida?
Claro que não
Segundo Alberto João Jardim, o incansável combatente pela auto-determinação do oprimido povo madeirense, as últimas notícias sobre a existência de pedofília na Madeira não passam de uma campanha (vá lá que não lhes chamou uma cabala...) relaccionada com as eleições regionais que vão decorrer este ano. Pobre povo madeirense. Ainda e sempre vítima destas vergonhosas campanhas da "imprensa de Lisboa"... É claro que não há pedofília na Madeira. Não é?
sábado, janeiro 10, 2004
Nuestro hermano Camacho
De quando em vez não dá para resistir e lá abordamos os futebóis aqui n' A Coluna. Um tal de José António Camacho, alegadamente treinador do Sport Lisboa e Benfica, afirma que os reforços que pretende para a agremiação desportiva que, pretensamente, dirige são do nível de Rui Costa ou Ronaldinho.
Alguém explica ao senhor Camacho que Portugal não é Espanha, que Luís Filipe Vieira não é Florentino Perez e que ele próprio não é Alex Fergusson?
Alguém explica ao senhor Camacho que Portugal não é Espanha, que Luís Filipe Vieira não é Florentino Perez e que ele próprio não é Alex Fergusson?
Isto não está a correr nada bem 2
Manuel Maria Carrilho admitiu à TSF candidatar-se à Câmara Municipal de Lisboa contra o actual autarca (cujo nome não me ocorre...). Desgraça maior seria o PS aceitar esta candidatura. E pior ainda, seria os lisboetas cairem na asneira de o elegerem... Bem, por outro lado os lisboetas não deram mostras de grande discernimento nas últimas eleições autárquicas...
Isto não está a correr nada bem 1
Como se não bastassem todas as desgraças que atingem o país (e o mundo, como diria o outro), hoje foi publicado no DN um extracto de Causas de Cultura o livro de Pedro Santana Lopes, ex-presidente do Sporting Clube de Portugal e da Câmara Municipal da Figueira da Foz. Uma verdadeira desgraça.
sexta-feira, janeiro 09, 2004
Ele há pesquisas...
... muito estranhas e o mais estranho é que há resultados que não cessam de nos espantar. Para além das já clássicas pesquisas sobre "coluna vertebral" (que, suspeito, não têm muito que ver com este humilde blog...) temos recebido visitas aqui n' A Coluna de gente que procura informação sobre temas tão díspares com por exemplo "Sophia de Mello Breyner Prémio", "adopção de crianças diário de coimbra", "comece a fumar", "calvin e hobbes resumo", "fumar vidros lisboa" (o quê???) ou "remédio para coluna" (não há...).
Já agora: a maior das pessoas que busca sobre "coluna vertebral" vem do Google Brasil o que revela uma saudável preocupação dos brasileiros relativamente à coluna vertebral...
Já agora: a maior das pessoas que busca sobre "coluna vertebral" vem do Google Brasil o que revela uma saudável preocupação dos brasileiros relativamente à coluna vertebral...
quinta-feira, janeiro 08, 2004
O ruído
Tem sido uma semana silenciosa aqui n'A Coluna, o que sempre contrasta com a ruidosa agitação que vai pelo país (ir)real.
O caso Casa Pia, e todas as polémicas que o continuam a envolver, tem dominado a discussão no país e, mais ainda, desde que mão(s) anónima(s) tem feito chegar às redacções determinados nomes com objectivos que, obviamente, não passam pela credibilização do processo judicial em curso. Entretanto, nos Açores a Polícia Judiciária deteve hoje mais doze suspeitos no caso de pedofília que tem agitado a Região Autónoma.
O Banco de Portugal, contrariando as previsões para o novo ano aqui d'A Coluna (eh eh eh...), veio afirmar que 2004 será ano de retoma económica, ainda que (muito) lenta. Oops... Espera lá! Retoma lenta? Se é lenta, ainda não se vai sentir portanto as nossas previsões estavam correctas (duplo eh eh eh...).
O Tribunal de Évora quer obrigar uma jornalista do DN-Algarve a revelar as suas fontes num caso que envolve a Região de Turismo do Algarve, numa clara violação do Código Deontológico dos Jornalistas e até da própria Constituição ao mesmo tempo que a coligação PSD / PP já planeia introduzir alterações legislativas relativas à liberdade de imprensa em Portugal.
Soube-se ainda que em Portugal a venda de automóveis em 2003 desceu drasticamente, o que só pode ser uma excelente notícia: menos automóveis nas nossas (miseráveis) estradas significa menos riscos de acidentes rodoviários. E daí que talvez não...
Os hospitais SA querem criar zonas para atendimento privilegiado a pacientes oriundos das companhias de seguros e o ministro da Saúde não vê nisso qualquer inconveniente, o que nem surpreende. Surpreendente seria o ministro ver nisso qualquer inconveniente...
O caso Casa Pia, e todas as polémicas que o continuam a envolver, tem dominado a discussão no país e, mais ainda, desde que mão(s) anónima(s) tem feito chegar às redacções determinados nomes com objectivos que, obviamente, não passam pela credibilização do processo judicial em curso. Entretanto, nos Açores a Polícia Judiciária deteve hoje mais doze suspeitos no caso de pedofília que tem agitado a Região Autónoma.
O Banco de Portugal, contrariando as previsões para o novo ano aqui d'A Coluna (eh eh eh...), veio afirmar que 2004 será ano de retoma económica, ainda que (muito) lenta. Oops... Espera lá! Retoma lenta? Se é lenta, ainda não se vai sentir portanto as nossas previsões estavam correctas (duplo eh eh eh...).
O Tribunal de Évora quer obrigar uma jornalista do DN-Algarve a revelar as suas fontes num caso que envolve a Região de Turismo do Algarve, numa clara violação do Código Deontológico dos Jornalistas e até da própria Constituição ao mesmo tempo que a coligação PSD / PP já planeia introduzir alterações legislativas relativas à liberdade de imprensa em Portugal.
Soube-se ainda que em Portugal a venda de automóveis em 2003 desceu drasticamente, o que só pode ser uma excelente notícia: menos automóveis nas nossas (miseráveis) estradas significa menos riscos de acidentes rodoviários. E daí que talvez não...
Os hospitais SA querem criar zonas para atendimento privilegiado a pacientes oriundos das companhias de seguros e o ministro da Saúde não vê nisso qualquer inconveniente, o que nem surpreende. Surpreendente seria o ministro ver nisso qualquer inconveniente...
segunda-feira, janeiro 05, 2004
Ela anda aí...
Ela, a Dois. Já aí anda, sob direcção de Manuel Falcão, pessoa que continuo a respeitar (principalmente porque teve a coragem - a lata? - de fundar o Blitz). A ver vamos no que se tornou o segundo canal da televisão pública, o tal da "sociedade civil". Pode ser que me engane, mas as audiências vão continuar miseráveis e a alternativa à tv-tablóide vai continuar a passar por outros locais (cabo e satélite).
Já agora: espero que os noticiários da Dois não sejam tão aborrecidos como eram os da RTP2. É que é possível dar as notícias (do país e do mundo, como diz o outro...) de uma forma dinâmica e atraente, sem cair no espectáculo sensacionalista de outros canais.
Já agora: espero que os noticiários da Dois não sejam tão aborrecidos como eram os da RTP2. É que é possível dar as notícias (do país e do mundo, como diz o outro...) de uma forma dinâmica e atraente, sem cair no espectáculo sensacionalista de outros canais.
domingo, janeiro 04, 2004
Clássico
Hoje (ainda) é dia da mais emblemática partida de futebol de Portugal: o Benfica recebe na sua nova Luz (com muitas obras ainda por concluir, à boa maneira portuguesa...) o Sporting. O jogo ainda não terminou mas já se pode dizer que há / houve clássico: uma grande penalidade mal assinalada, uma expulsão para cada lado, muita emoção e muitos nervos (dentro e fora do campo). Ainda não sei quem vai ganhar (1 - 2, neste momento) mas era bom que amanhã e nos próximos dias se discutisse o jogo e não os ditos casos (penalties, expulsões, foras-de-jogo...), as boas jogadas e não a arbitragem, as habilidades de Pedro Barbosa, Simão Sabrosa, João Pinto ou João Pereira e não os erros (imaginários ou reais) de Pedro Proença. Mas, enfim, estamos em Portugal e é sabido que os portugueses não gostam de futebol: gostam mesmo (patologicamente, aliás) é do seu clube. É pena.
Elogio
Não sou, de todo, dado a bajulações e nem mesmo o elogio me sai com facilidade por aí além. Porém, Miguel Esteves Cardoso suscita-me o elogio (e facilmente, ainda por cima). Vem o (fácil) elogio a propósito de Escrítica Pop, Um quarto da quarta década do Rock 1980 - 1982 (edição da Assírio & Alvim adquirida com o último número do Blitz). É realmente brilhante. E é mais do que uma compilação de textos sobre música.
sábado, janeiro 03, 2004
Does anything change on new year's day?
Então cá estamos em 2004.
Ano bissexto. Ano de alargamento a Leste da União Europeia (em Maio). Ano de eleições para o Parlamento Europeu. Ano de Campeonato Europeu de Futebol (em 10-estádios-10 de Portugal). Ano de Jogos Olimpicos (de regresso ao berço: Atenas).
Mais um ano de ameças terroristas, de caos no Médio Oriente e eleições para policia-mor do planeta.
Mais um ano de crise em Portugal (desculpe lá Dr. Barroso, mas não acreditamos em milagres...), logo mais um ano de agitação social e mais polémicas em volta do défice. Mais um ano de sarilhos na Justiça portuguesa. E na Saúde idem (alguém acredita que é este ano que acabam as listas de espera?). E de lentidão nos serviços públicos. Mais um ano com um Verão quente (alguém acredita que, este ano, a prevenção vai funcionar?...). Mais algumas centenas de mortos nas estradas portuguesas e o caos habitual no trânsito das nossas cidades.
Entretanto espero que seja igualmente mais um ano de belos filmes, deliciosos livros, estimulante música e acesas discussões (private joke, para os meus amigos...). E de férias algures no Adriático (esta é ainda mais private...).
Um bom ano, ainda que ache que a mudança de ano não é mais que uma página virada num calendário.
Ano bissexto. Ano de alargamento a Leste da União Europeia (em Maio). Ano de eleições para o Parlamento Europeu. Ano de Campeonato Europeu de Futebol (em 10-estádios-10 de Portugal). Ano de Jogos Olimpicos (de regresso ao berço: Atenas).
Mais um ano de ameças terroristas, de caos no Médio Oriente e eleições para policia-mor do planeta.
Mais um ano de crise em Portugal (desculpe lá Dr. Barroso, mas não acreditamos em milagres...), logo mais um ano de agitação social e mais polémicas em volta do défice. Mais um ano de sarilhos na Justiça portuguesa. E na Saúde idem (alguém acredita que é este ano que acabam as listas de espera?). E de lentidão nos serviços públicos. Mais um ano com um Verão quente (alguém acredita que, este ano, a prevenção vai funcionar?...). Mais algumas centenas de mortos nas estradas portuguesas e o caos habitual no trânsito das nossas cidades.
Entretanto espero que seja igualmente mais um ano de belos filmes, deliciosos livros, estimulante música e acesas discussões (private joke, para os meus amigos...). E de férias algures no Adriático (esta é ainda mais private...).
Um bom ano, ainda que ache que a mudança de ano não é mais que uma página virada num calendário.
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