segunda-feira, fevereiro 28, 2005

... and the loosers are:

Hilariante, não fosse absurdo

«O membro da Comissão Política do PSD e presidente da distrital de Aveiro, Ribau Esteves, pediu a expulsão de Pacheco Pereira na última reunião do Conselho Nacional. Ribau Esteves confirmou a A Capital que pediu a expulsão de um militante do partido, embora preferisse não o identificar. Vários membros do Conselho Nacional disseram, porém, a A Capital tratar-se de Pacheco Pereira, que tem criticado duramente Santana Lopes.»

Os motivos para a sugestão são óbvios: a super-estrela da blogoesfera nacional não se furtou a emitir a sua opinião e fartou-se de avisar o PSD e o país sobre o buraco onde o seu partido se estava a meter. De caminho expulsem igualmente Cavaco Silva, Miguel Veiga, Marques Mendes e Manuela Ferreira Leite [to name but a few...] e ergam uma estátua [gigantesca] a Durão Barroso. Afinal de contas, não fosse a sua ida [que algumas vozes maldosas classificam de fuga] para Bruxelas e jamais este ingrato e ignaro país teria conhecido, em todo o seu esplendor, o calibre de Santana Lopes y sus muchachas. E quando regressarem ao poder, aproveitem para expulsar do país os [mais de três milhões] de eleitores que não permitiram a Santana Lopes continuar a sua obra gloriosa.
[What the fuck is a Ribau Esteves? Peixe da ria?...]

E vão três...

... jogos consecutivos sem perder. Este fim de semana a Briosa empatou a três com o Vitória [de Setúbal] e amealhou mais um pontinho.

quinta-feira, fevereiro 24, 2005

Europa

Qual União Europeia, qual Constituição Europeia, qual referendo. Esta é a Europa que realmente interessa aos Portugueses. Para alegria de uns, desgraça de outros e frustração de outros ainda.

quarta-feira, fevereiro 23, 2005

À espera [2]

À espera do novo governo, liderado por José Sócrates [será que já agradeceu a Durão Barroso a ajudinha?]. Confesso o meu cepticismo. De Sócrates não espero grandes rasgos e não estou nada convencido das suas presumíveis qualidades de liderança, mas nunca se sabe. Apesar de todas as desconfianças, convém não esquecer que Sócrates foi dos poucos ministros de António Guterres a tomar decisões e aplicá-las - certas ou erradas, agora pouco importa; decidiu e mandou fazer [coisa que não se pode dizer da maior parte dos minsitros de Guterres ou do próprio Guterres]. Espero, confortavelmente sentado.

À espera

Pedro Santana Lopes disse durante a campanha eleitoral que iria processar as empresas de sondagens devido à mega-fraude que estas haviam engendrado, para benefício do "outro candidato", presume-se. Estou à espera de uma de duas coisas: ou do tal processo ou de um pedido de desculpas público às empresas que, afinal, fizeram com competência e responsabilidade o seu trabalho. Competência e responsabilidade - duas qualidades que o ex-tudo e mais alguma coisa desconhece.

terça-feira, fevereiro 22, 2005

Nostalgia creeps [off beat]

A chuva regressou hoje pela manhã à minha cidade. Não intensamente, mas de levezinho. Curiosamente, ainda há menos de dois dias falava com um amigo meu sobre uma canção dos anos 80 - Rain, dos The Cult [do álbum Love - imediatamente antes de se tornarem maçadores]. Aqui fica.

Rain

Hot sticky scenes you know what I mean
Hot sticky scenes, you know what I mean
Like a desert sun that burns my skin
Like a desert sun that burns my skin
I?ve been waiting for her so long
I?ve been waiting for her for so long
Open the sky (and let her come down)
Open the sky and let her come down
Here comes the rain I love the rain

Here she comes again
Here comes the rain
Rain
Here comes the rain
Rain
Here she comes again
Rain
Here comes the rain

Hot sticky scenes, you know what I mean
Like a desert sun that burns my skin
I?ve been waiting for her for so long
Open the sky and let her come down

Here comes the rain
Here comes the rain
Here she comes again
Here comes the rain
I love the rain
I love the rain
Here she comes again
Here comes the rain

Oh, rain
Rain
Rain
Oh, here comes the rain

I love the rain
Well, I love the rain
Here she comes again
I love the rain

Rain
Rain

The Cult, in Love [Beggars Banquet, 1985]

domingo, fevereiro 20, 2005

De certo modo, alívio...

... é que tinha prometido emigrar caso o impensável tivesse acontecido hoje. Assim, fico por cá mais uns tempos, ainda que de Sócrates pouco ou nada espere.

Sócrates [2]

Já falou [por acaso ainda está a falar mas já disse o que tinha a dizer]. Diz ele que está desfeito o mito de que só o centro-direita podia aspirar à maioria absoluta. Esqueceu-se de referir o velho sonho de Sá Carneiro que Santana tanto diz admirar [mas que não consegue entender]: pela primeira vez Portugal vai ter uma maioria absoluta, um governo e um Presidente do mesmo partido. Mesmo que seja só até Janeiro de 2006. De resto, nada a assinalar: novos tempos, nova esperança, confiança, futuro, modernização, inovação e etc e tal.
E agora, senhor Engenheiro?

Sócrates

O vencedor da noite. Já só falta ele. Não se espera nada de novo. Apenas as triunfais palavras de circunstância nestes momentos.

Fim de ciclo?

Já ouvi hoje várias pessoas a falar em "fim de ciclo político". Acho que estão enganadas: é o fim de um circo político.

Santana [2]

Depois de a claque se manifestar ruidosamente, o menino lá começou a declaração de derrota perante o olhar embevecido de Conceição Monteiro, santanista de sempre e cujo grande mérito político foi ter sido secretária de um primeiro-ministro. Começou por se queixar, como seria de esperar, das circunstâncias em que teve de disputar as eleições. Depois deu mais uma prova da sua cegueira: acha ele que a situação não é catastrófica para o PPD-PSD. Infelizmente o PPD-PSD não acha o mesmo. Por uma vez palavras sensatas: "a responsabilidade é minha." Entretanto continua a lamuriar-se e a queixar-se da falta de apoio de alguns militantes do PPD-PSD [que estranhamente não entendem a grandeza da personagem]. Conceição Monteiro está à beira de um colapso quando Lopes começa a filosofar sobre a estrada da vida, as vitórias e as derrotas. E não faltou uma declaração de amor a Portugal. Adeus, dr. Lopes.

Santana

O menino-guerreiro vem aí.

Portas [2]

Enganei-me: Portas começou por falar em derrota do centro-direita mas já assumiu que falhou e perdeu. Falhou e perdeu e ainda bem. Adeus, dr. Portas.

Portas

Vai começar a falar agora: aposto que não vai assumir a derrota..

Algo de estranho se passou na Madeira

Alberto João Jardim bem pode cantar vitória mas em número de deputados eleitos, o PSD e o PS empataram: 3 deputados para cada um. Será o princípio do fim para o último imperador português?

Jerónimo

Está contente porque a CDU subiu e portanto é um dos vencedores da noite [mas isso não é surpresa: o PCP e a CDU nunca perderam eleições...]. Mas está triste - pareceu-me até algo zangado - por os portugueses terem dado uma maioria absoluta a Sócrates.

A nossa importância na Europa

Experimentei dar uma volta pelos sites de alguns dos orgãos de comunicação social mais importantes da Europa. Todos se referem à vitória esmagadora do "sim" à Constituição Europeia no referendo que hoje se realizou em Espanha. Quanto às eleições portuguesas, muito pouco. Quase nada, mesmo.

Declarações

Confesso que aguardo com cruel ansiedade a declaração de derrota de Santana Lopes. Acredito que o homem se há-de justificar com os argumentos do costume: o Presidente da República que não o deixou chegar ao fim do mandato, as facadas nas costas, os encontrões na incubadora, o professor Cavaco que não ajudou, a constipação que o afectou, a Irmã Lúcia que morreu, a comunicação social que não o levou ao colo... enfim, os eleitores que não o amam nem o compreendem.

Adeus

Portugal volta a ter um governo de maioria absoluta. Pedro Santana Lopes, o candidato que se achava imbatível, deve estar em estado de choque com o que lhe está a acontecer. A queda era prevísivel mas talvez poucos realmente acreditassem que fosse tão estrondosa.
Adeus dr. Lopes. Já vai tarde.

sábado, fevereiro 19, 2005

Golo a golo...

... amealha a Briosa os seus pontitos. Desta vez a "vítima" foi o Gil Vicente. E já lá vão duas vitórias consecutivas. Como eu dizia no Domingo, começou a recuperação.

Reflexão

Supostamente hoje é dia de reflexão. Só não percebo em que querem que eu reflicta. Nas propostas dos partidos? Desculpem lá, mas para isso não preciso de 24 horas. A pobreza é tanta que 24 segundos bastam.
Não que isso interesse seja a quem for, mas eu sou um dos indecisos: ainda não sei sequer se vale realmente a pena ir votar. A minha dúvida está entre não exercer o meu direito de voto ou votar em branco [ou, dependendo da minha dsposição, deixar a minha opinião sobre os candidatos / partidos no boletim de voto].

sexta-feira, fevereiro 18, 2005

Uma campanha alegre [a chegar ao fim]

Acaba hoje, oficialmente, a campanha eleitoral e a dúvida que paira no espírito de muitos portugueses é apenas uma: o que nos espera?
Que ideias, que objectivos, que soluções foram apresentadas pelos senhores e senhoras que daqui a menos de dois vão a votos? O que vai ser da economia, da industria, da agricultura, do turismo, do ambiente, da saúde, da justiça, da educação, da segurança social de Portugal? Qual o nosso papel no mundo e na Europa? Qual o nosso papel nas relações com os PALOPs?
O voto de dia 20 resume-se apenas a optar entre continuar com Santana Lopes ou não continuar com Santana Lopes. Muito poucos vão realmente escolher que querem a governar Portugal. Muitos vamos escolher somente quem não queremos a [des]governar Portugal. E isso é pouco. Confrangedoramente pouco.

quinta-feira, fevereiro 17, 2005

Reencontros

1. Hoje reencontrei-me, e fiz as pazes, com Nick Cave. Depois de alguns trabalhos desinspirados - se comparados com os seus momentos mais brilhantes [raio de adjectivo para descrever Cave...] - o homem regressou à sua melhor forma com Abattoir Blues / The Lyre of Orpheus. Confesso que já tinha perdido a esperança no australiano [e a saida de Blixa Bargeld dos Bad Seeds fez-me temer o descalabro total], mas Nick Cave resolveu presentar-nos com um magnífico álbum duplo [mais Abattoir..., um bocadinho menos The Lyre...]. Apesar de esta edição já andar por aí há uns tempos, só hoje arrisquei a audição e compra deste duplo. Em boa hora.

2. Reencontro número dois do dia, este com o devastador The Downward Spiral de Trent Reznor, que insiste em fazer de conta que os Nine Inch Nails são uma banda. Edição de luxo, duplo CD, para assinalar os dez anos da edição original de um álbum... bem, devastador e que há uns anos me acompanhou em muitas viagens de comboio, país acima, país abaixo, enfiado num walkman. A este perdoo-lhe tudo. Até a invenção de um tal Marilyn Manson...

3. Reencontro número três do dia: Jon Spencer e a sua Blues Explosion. Damage está aqui ao lado a aguardar a sua vez de rodar no leitor de CDs. Depois do que vi em Paredes de Coura no Verão [qual Verão??] passado, só pode ser mais um grande disco.

terça-feira, fevereiro 15, 2005

Talvez f****

[Aviso: este post contém linguagem imprópia]

Parece-me que se este fulano chegar a primeiro ministro, ele não vai fazer amor com Portugal. Ele vai foder Portugal.

Mais um debate

PSL não se referiu à imperiosa necessidade de melhorar "este sistema" ["este sistema" se calhar é melhorzito do que ele supunha ou então, como bom sportinguista, ainda acha que pode lá chegar mesmo contra o "sistema"]. JS não comenta cenários que não o da maioria absoluta [realmente não vale a pena por a carroça à frente dos bois: tem tempo de pensar nisso a partir de domingo]. PP diz que com 10% vai fazer mais por Portugal [e com a ajuda da Nossa Senhora, que nos salvou da maré negra do Prestige, e a cunha da alma da Irmã Lúcia ninguém o pára]. FL diz que não quer ir para o governo e que não tem nenhum acordo com o PS [não queres não, ouve lá... o que tu queres sei eu - courtesy of Gato Fedorento]. JS está afónico e foi-se embora mais cedo [por im dou-lhe a vitória neste debate - o silêncio é uma virude que deveria ser mais cultivada pelos políticos portugueses, especialmente PSL, JS, PP e FL].

Uma campanha alegre [em actualização]

Regressava a casa cerca das 20h00 quando ouvi na TSF que o mal-amado líder do PPD [PSD] está a enviar uma carta aos eleitores, dirigindo-se particularmente aos que habitualmente não votam. Entre outras coisa, diz o pobrezinho que, se calhar, esses eleitores não votam porque, tal como ele, não se dão bem com o que ele designa por "este sistema". Nada a apontar, apenas uma dúvida e uma certeza. A dúvida: o que raio fez esta criatura por melhorar "este sistema" com o qual não se dá bem? A certeza: se "este sistema" por absurdo der a vitória ao PPD [PSD], o desgraçadinho continuará a nada fazer para o melhorar.

segunda-feira, fevereiro 14, 2005

Pois, pois

Ainda é Dia de S. Valentim [o comércio e a restauração agradecem muito, volte sempre e etc e tal] e os católicos velam a Irmã Lúcia que faleceu ontem. Santana suspendeu as acções de campanha, privando-nos de umas gargalhadas, Portas idem, poupando-nos à sua pose de "homem de Estado", Sócrates mais ou menos, poupando-nos os ouvidos, Jerónimo e Louçã nem por isso e D. Manuel Martins não acha piada às suspensões. No pontapé na bola, o campeonato continua disputado, os clubes não pagam ao fisco e no FCP há mais um blackout. Portugal adormece. Amanhã é outro dia.

domingo, fevereiro 13, 2005

Recuperação

A Briosa bateu hoje o Nacional da Madeira por 1 a zero. Começou a recuperação. A Briosa já só está a 22 pontos dos primeiros classificados.

sábado, fevereiro 12, 2005

Uma campanha alegre [em actualização]

O homem que todos perseguem, resolveu agora disparar também na direcção do Bloco de Esquerda. O BE, segundo o perseguido, anda a "prescindir das suas proposatas base para conquistar o PS". Esta é, sem margem de dúvida, uma total reviravolta na campanha: aparentemente, a vítima de Sampaio, de Pacheco, das empresas de sondagens, da comunicação, de Cavaco, do cão e do gato, simpatiza com as propostas base do BE. Só isso explica o desgosto da criatura por o BE delas ter prescindido. Surpreendente.
Mais à direita, o simpático ainda ministro do Ambiente inventou um novo onceito: a IVG. Não é, obviamente, a Interrupção Voluntária da Gravidez, mas antes a Interrupção Voluntária da Governação. Segundo o homem que queria que Coimbra impedisse Sócrates de entrar em Coimbra, o presidente da República terá dissolvido o Parlamento apenas com base em "episódios infelizes". Esqueceu-se a nobre personagem de mencionar a quantidade de "episódios infelizes" que terão levado Sampaio a cometer tal crime. O referendo para apurar se os portugueses são a favor da nova IVG tem lugar já daqui a uma semana.
O "outro candidato", como o perseguido gosta de se lhe referir, acha que o ainda ministro do Ambiente faz apelos rídiculos e recordou aos que o quiseram ouvir que Coimbra é a cidade de Almeida Santos, de Manuel Alegre, da cultura e de mais não sei o quê. Lamentavelmente, esqueceu-se de referir que Coimbra é também a cidade do Zé Manel dos Ossos, da Briosa [Briooooosa!], do Mija-Cão, da Diligência e do 1910 [estes dois não sei se ainda existem] e que já foi a cidade do States.
O senhor que sabe o que é o sorriso de uma criança, tem umas opiniões sobre o que está em causa no dia 20 e sonha em chegar ao governo. Claro que é uma pena que o BE ande a prescindir das suas propostas base. Logo agora que se podiam criar as condições para a total liberalização das drogas, uma medida que apoio totalmente: o país poderia continuar em crise mas andaria, certamente, muito mais eufórico.
Finalmente, o homem com nome de mosteiro lisboeta descobriu e anunciou que o governo falhou em toda a linha, algo em que ainda ninguém havia reparado. E nós a pensar que Sampaio havia dissolvido o Parlamento apenas com base em episódios infelizes.

quinta-feira, fevereiro 10, 2005

Era só o que faltava, pois então

Já não há mais paciência para os desmandos da criatura que o Dr. Sampaio, em má hora, aceitou como substituto de Durão Barroso. O infeliz queixa-se de tudo e mais alguma coisa e, claro, agora é a comunicação social que não gosta do pobrezinho. Não entendo como o desgraçado ainda aguenta. Muito menos entendo porque se sujeita o coitadinho a tantas e tão violentas perseguições. Se fosse a ele, ia para longe de Portugal. Para bem longe, mesmo. Para o deserto australiano, por exemplo. Ou... para o raio que o parta!

terça-feira, fevereiro 08, 2005

Uma campanha alegre [em actualização]

O costume... Apenas uma novidade: Pedro Santana Lopes lembrou-se agora que não gosta de misturar a política com o Carnaval. Tarde piou: nos últimos meses, para não dizer desde sempre, misturou abundantemente o Carnaval com a política.

sexta-feira, fevereiro 04, 2005

Uma campanha alegre [em actualização]

Boatos. Insinuações. Inaugurações. Casamento entre pessoas do mesmo sexo. Eutanásia. Calúnias. Défice. Rumo. Incompetência. Vítimas. Aborto. Cartazes. Sondagens.
Santana, Sócrates, Portas, Jerónimo e Louçã são o grau menos que zero da política. Abstenção ou voto em branco. Ou em alternativa, um golpe de estado, uma revolução.

O [tal] debate

Não vi. Está a passar agora na SIC Notícias mas não sei se não será melhor ir dormir. Algo me diz que a profundidade do "debate de ideias" não será muito mais que rasteira...

O silêncio

Uma semana de silêncio. Longe do blog.