sexta-feira, dezembro 15, 2006

Free time

Finalmente algum tempo livre e tempo também para um fim de semana longe daqui. Vou para o Porto e aproveito duas noites de electrónica entre o gótico, o ebm e o industrial.

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Raisparta os prognósticos

Foi há mais de uma semana que arrisquei aqui uns prognósticos. Até ver acertei em dois: o SLB seguiu para a Taça UEFA e o FCP continua na competição que substituiu a Taça dos Clubes Campeões Europeus. O SCP voltou a perder, em casa, com uma equipa russa por 3 a 1. O SCB decide amanhã o seu destino europeu.

À margem: acabo de ouvir a barba que preside à FPF dizer que não conhece a Drª Carolina Salgado. A doutora, sublinho [naturalmente a azul].

terça-feira, dezembro 05, 2006

Um post inútil...

... mas que contém em si os dois posts anteriores: música e futebol. A vedeta deste vídeo é Steve Harris, fundador e líder dos Iron Maiden e que sempre foi melhor baixista do que praticante de futebol. Já agora, saibam que o homem nutre uma fanática devoção pelo West Ham.

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Não sou propriamente dado à nostalgia, mas não posso deixar em claro a data de 5 de Dezembro. Nesse dia assisti ao meu primeiro concerto com nomes internacionais. Foi no Pavilhão do Dramático na vila Cascais. Há vinte anos. Descobri hoje - nunca tinha procurado - que há um bootleg [disco pirata] gravado nessa noite.

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Para além dos Iron Maiden, tocaram nessa noite os norte-americanos W.A.S.P. [na altura, um dos alvos predilectos da moral majority norte-americana].

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Prognósticos [antes dos jogos]

Começa hoje a jogar-se o futuro das equipas portuguesas nas competições europeias de futebol. Futuro que me parece sombrio. Pelo menos para esta época. O SCP e o SLB vão seguir para a Taça UEFA e o FCP vai conseguir manter-se na competição que há alguns anos tomou o lugar da Taça dos Clubes Campeões Europeus. O SCB [sim, o futebol português não se resume aos três da vida airada] é capaz de se manter na Taça UEFA [mas duvido muito].

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Just in case, e em jeito de aviso à navegação: escusam de largar comentários anti-portistas na caixa de comentários, porque não me afectam. Provavelmente porque não sou adepto dos ditos cujos.

sexta-feira, dezembro 01, 2006

Ditaduras linguísticas [ainda]

A propósito do post anterior, ocorre-me relembrar que Fernando Pessoa - o tal da frase "minha pátria é a Língua Portuguesa" - também se exprimiu em Inglês e nem por isso é menos português ou menos considerado como poeta.

Já agora...

«Não chóro por nada que a vida traga ou leve. Há porém paginas de prosa me teem feito chorar. Lembro-me, como do que estou vendo, da noute em que, ainda creança, li pela primeira vez numa selecta, o passo celebre de Vieira sobre o Rei Salomão, "Fabricou Salomão um palacio..." E fui lendo, até ao fim, tremulo, confuso; depois rompi em lagrimas felizes, como nenhuma felicidade real me fará chorar, como nenhuma tristeza da vida me fará imitar. Aquelle movimento hieratico da nossa clara lingua majestosa, aquelle exprimir das idéas nas palavras inevitaveis, correr de agua porque ha declive, aquelle assombro vocalico em que os sons são cores ideaes - tudo isso me toldou de instincto como uma grande emoção politica. E, disse, chorei; hoje, relembrando, ainda chóro. Não é - não - a saudade da infancia, de que não tenho saudades: é a saudade da emoção d'aquelle momento, a magua de não poder já ler pela primeira vez aquella grande certeza symphonica.
Não tenho sentimento nenhum politico ou social. Tenho, porém, num sentido, um alto sentimento patriotico. Minha patria é a lingua portuguesa. Nada me pesaria que invadissem ou tomassem Portugal, desde que não me incommodassem pessoalmente, Mas odeio, com odio verdadeiro, com o unico odio que sinto, não quem escreve mal portuguez, não quem não sabe syntaxe, não quem escreve em orthographia simplificada, mas a pagina mal escripta, como pessoa própria, a syntaxe errada, como gente em que se bata, a orthographia sem ípsilon, como escarro directo que me enoja independentemente de quem o cuspisse.
Sim, porque a orthographia também é gente. A palavra é completa vista e ouvida. E a gala da transliteração greco-romana veste-m'a do seu vero manto régio, pelo qual é senhora e rainha.»

Ditaduras linguísticas

Mais uma acha para a fogueira de um dos mais idiotas debates que há anos atravessa o meio musical português. Sam The Kid [repito, em maiúsculas e a negrito SAM THE KID] insurge-se contra os músicos portugueses que se exprimem em Inglês.