segunda-feira, maio 31, 2004

Uh huh... she is back

Uh Huh Her. Miss Polly Jean Harvey, conhecida no mundo da música como PJ Harvey já tem o seu novo álbum no mercado.
Sim, isto é um caso de apaixonado fanatismo.

[random acts of speech] # 12

Big Exit

Look out ahead
I see danger come
I wanna' pistol
I wanna' gun
I'm scared baby
I wanna' run
This world's crazy
Give me the gun

Baby, baby
Ain't it true
I'm immortal
When I'm with you
But I wanna' pistol
In my hand
I wanna' go to
A different land

I met a man
He told me straight
'You gotta' leave
It's getting late'
Too many cops
Too many guns
All trying to do something
No-one else has done

Baby, baby...

I walk on concrete
I walk on sand
But I can't find
A safe place to stand
I'm scared baby
I wanna' run
This world's crazy
Gimme' the gun

Baby, baby


PJ Harvey, Stories From The City Stories From The Sea

domingo, maio 30, 2004

[random acts of speech] # 11

Rid of Me

Tie yourself to me
No one else
No, you're not rid of me
Hmm you're not rid of me

Night and day I breathe
Ah hah ay
Hey, you're not rid of me
Yeah, you're not rid of me
Yeah, you're not rid of me
Yeah, you're not rid of me

I beg you, my darling
Don't leave me, I'm hurting

Lick my legs I'm on fire
Lick my legs of desire

I'll tie your legs
Keep you against my chest
Oh, you're not rid of me
Yeah, you're not rid of me
I'll make you lick my injuries
I'm gonna twist your head off, see

Till you say don't you wish you never never met her?
Don't you don't you wish you never never met her?
Don't you don't you wish you never never met her?
Don't you don't you wish you never never met her?

I beg you my darling
Don't leave me, I'm hurting
Big lonely above everything
Above everyday, I'm hurting

Lick my legs, I'm on fire
Lick my legs of desire
Lick my legs, I'm on fire
Lick my legs of desire

Yeah, you're not rid of me
Yeah, you're not rid of me
I'll make you lick my injuries
I'm gonna twist your head off, see

Till you say don't you wish you never never met her
Don't you don't you wish you never never met her
Don't you don't you wish you never never met her
Don't you don't you wish you never never met her

Don't you don't you wish you never never met her
(Lick my legs I'm on fire)
Don't you don't you wish you never never met her
(Lick my legs of desire)
Don't you don't you wish you never never met her
(Lick my legs I'm on fire)
Don't you don't you wish you never never met her
(Lick my legs of desire)
Don't you don't you wish you never never met her
(Lick my legs I'm on fire)
Don't you don't you wish you never never met her
(Lick my legs of desire)
Don't you don't you wish you never never met her
(Lick my legs I'm on fire)
Don't you don't you wish you never never met her
(Lick my legs of desire)

Lick my legs I'm on fire
Lick my legs of desire
Lick my legs I'm on fire
Lick my legs of desire


PJ Harvey, Rid of Me, 1993

sábado, maio 29, 2004

Nacional, é... Será boa?

A selecção portuguesa de futebol, "a selecção de todos nós" como alguns portugueses gostam de dizer, é liderada neste momento por um senhor de bigode que uns chamam de Felipão e outros de Sargento e outros ainda (o pessoal do Contra) de Chocolari. Acabo de saber que aquele senhor de voz grave e pera farta que está à frente da Federação Portuguesa de Futebol afirma ter um acordo de cavalheiros com o seleccionador nacional para prolongar o seu vínculo deste até ao próximo Campeonato do Mundo de Futebol.

A este propósito ocorrem-me alguns pensamentos desconexos. Esquematizando:

1. Ao contrário da generalidade dos portugueses eu não penso que o tal senhor de pera farta já devia ter sido corrido da FPF há muito tempo. Eu penso que, em qualquer país com um módico de dignidade, o tal senhor nunca teria conseguido lá chegar. As trapalhadas em que o homem se tem metido são incontáveis e não há nada, nem mesmo o Euro 2004, de bom que seja de sua responsabilidade.

2. O senhor de bigode com nome italiano que lidera a selecção nacional ainda não demonstrou ser um bom treinador. E não me refiro ao seu trabalho em Portugal. Refiro-me concretamente ao seu trabalho na selecção do Brasil, "o país-irmão" como alguns portugueses gostam de dizer. No último Mundial o Brasil jogou mal e feio e não mereceu minimamente a vitória que acabou por "conquistar". O Brasil só chegou à fase final do Mundial após uma miserável fase de qualificação em que sofreu humilhação atrás de humilhação. E, já no Oriente, a selecção brasileira só chegou à final do Mundial porque foi carinhosamente levado ao colo pelos árbitros que lhe calharam em sorte (e que sorte!). Ainda me lembro dos jogos com a Turquia e com a Bélgica, selecções que deram um baile ao Brasil mas não conseguiram lutar contra os árbitros. Quanto à competência do senhor estamos conversados.

3. Os portugueses estão, uma vez mais, a ficar exageradamente eufóricos com a selecção e já se começa a achar que Portugal vai mesmo ganhar o Euro. Realmente nós não aprendemos nada e temos uma memória muito curta. Será que já ninguém se lembra do que aconteceu antes do Mundial da Coreia / Japão? Esta euforia deve ter algo a ver com o título europeu do Futebol Clube do Porto... Que é (ou era) treinado por José Mourinho, um dos melhores treinadores da actualidade.

4. Dito tudo isto, espero sinceramente que, apesar do senhor de pera farta e do senhor de bigode, a selecção portuguesa ganhe o Euro. Duvido muito, mas pode ser que os excelentes jogadores que lá estão façam um qualquer milagre. E já agora, não me basta que Portugal ganhe o Euro - gostava muito de ver a selecção a jogar bem e a dar espectáculo. Afinal, o futebol é, apesar de tudo, apenas um jogo. Mas quando é bem jogado consegue ser dos melhores e mais entusiasmantes espectáculos do mundo.

[random acts of speech] # 10

Oh My Lover

Oh my lover
Don't you know it's alright ?
You can love her
You can love me at the same time
Much to discover
I know you don't have the time but
Oh my lover
Don't you know it's alright ?
Oh my sweet thing
Oh my honey thighs
Give me your troubles
I'll keep them with mine
Take at your leisure
Take whatever you can find but
Oh my sweet thing
Don't you know it's alright ?
It's alright
It's alright
There's no time
So it's alrigh-igh-ight
What's that color
Forming around your eyes
Once my lover
Tell me that it's alright
Just another
Before you go...go away
Oh my lover
Why don't you just say my name ?
And it's alright
Say it's alright
There's no time


PJ Harvey, Dry, 1992

sexta-feira, maio 28, 2004

Mais uma razão para não ir

Ora aqui está mais um excelente motivo para ficarmos a milhas do Rock in Rio. Se este tipo vai, então agora é que não vou mesmo. Nem morto! O homem fala nos "melhores do Rock" e "excitação de bandas famosas"! Be afraid, be very afraid...

Heranças

Apanhei de raspão o frente-a-frente entre João de Deus Pinheiro e Sousa Franco, cabeças de lista respectivamente da coligação Força Portugal (a lata destes senhores é incomensurável) e do Partido Socialista a umas eleições para as quais os portugueses, e a generalidade dos europeus já agora, se estão a c... a borrifar. Lá voltou à baila o tema da herança judaico-cristã da Europa. Lá se voltou a debater se a futura constituição europeia deve ou não incluir uma referência a essa "matriz histórico-cultural". Estou-me rigorosamente nas tintas para essa premente questão. O que me espanta é a manipulação que determinadas forças políticas fazem da mesma. Ou será só ignorância relativamente à história europeia? Sem querer recuar muito no tempo, ainda não ouvi ninguêm defender referências à herança helénica ou à latina e quanto à herança que nos foi legada pelos árabes (que não se limita exclusivamente aos países do sul) nem vale a pena falar do assunto.

Pedradas ['bora lá curtir, man!]

Hoje começa um tal de Rock in Rio, festival nado e criado do outro lado do Oceano que conseguiu obter da Câmara Municipal de Lisboa apoios que, ao que consta, promotores portugueses jamais conseguiram ou conseguiriam obter. Eu não vou. Em primeiro lugar porque tenho mais que fazer. Em segundo porque a qualidade do cartaz é, na minha modestíssima opinião, abaixo de sofrível.
Gente como Paul McCartney, Rui Veloso, Evanescence, Xutos & Pontapés, Metallica, Incubus, Daniela Mercury, Britney Spears (for fuck's sake!), João Pedro Pais, Nuno "Ídolo" Norte, Pedro Abrunhosa, Alejandro Sanz ou Luís Represas provocam em mim um misto de enjoo, sonolência e urticária de consequências imprevísiveis. Entre a inconsequência de dinossauros moribundos para trintões e quarentões saudosos dos "bons velhos tempos" e Pop laroca para adolescentes com acne a atravessar crises existênciais venha o Diabo e escolha.
Aliás, parece-me estranho que o nosso governo, que tão preocupado diz andar com a segurança dos portugueses, não tenha tomado rigorosas medidas no sentido de impedir a realização deste evento. O cartaz do Rock in Rio é puro terrorismo musical. Não fosse o pendor nitidamente capitalista do Rock in Rio, atrever-me-ia a dizer que o culpado disto tudo só pode ser o PCP...

quinta-feira, maio 27, 2004

Ah, Carago!

Por estes dias sou, mais uma vez, portista. Muitos parabéns a todos os que contribuiram para que a Taça da Champions League esteja hoje na cidade do Porto. O Futebol Clube do Porto é a melhor equipa da Europa. Ponto final.


P.S.: Já agora, não nos faziam "só" mais dois "favorzinhos"? Tragam também a Supertaça Europeia e a Taça Intercontinental, está bem?

segunda-feira, maio 24, 2004

Fim-de-semana, fim-de-semana...

Uma canseira estes fins-de-semana...
Nem dei por um casamento qualquer que, consta, levou as nossas televisões à loucura. Nem por um congresso qualquer de um partido qualquer que se realizou não sei onde... A guerra no Iraque até podia ter acabado que não tinha dado por isso (não acabou, pois não?). Não sei se apareceram mais fotografias ou filmes das torturas dos soldados americanos contra cidadãos iraquianos. Não imagino se explodiram palestinianos em Israel ou se Israel assassinou mais algum líder terrorista. Não sei se os combustíveis aumentaram novamente. Não quero saber.
Às vezes não saber o que se passa lá fora sabe mesmo bem. Boa noite.

domingo, maio 23, 2004

The lady rocks

Está quase no mercado o novo álbum desta senhora.

A avaliar pelo que já ouvi de Uh Huh Her ainda não é desta que a senhora nos vai desiludir. É mais uma que não sabe fazer má música.

Alinhamento:
1.The Life and Death of Mr Badmouth
2.Shame
3.Who The Fuck?
4.The Pocket Knife
5.The Letter
6.The Slow Drug
7.No Child of Mine
8.Cat on the Wall
9.You Come Through
10.It's You
11.The End
12.The Desperate Kingdom of Love
13.The Darker Days of Me & Him

À venda dia 31 deste mês. Já encomendei a minha cópia.

segunda-feira, maio 17, 2004

Mesmo assim, isto não é nada bom

Dirão alguns, que José Manuel hoje deve estar mais contente. O Benfica lá ganhou a Taça (uma época verdadeiramente triunfal para os da Luz: ganharam em Alvalade e levaram a Taça!...) e o bom povo português anda todo contente, de cachecol ao pescoço e já nem pensa na retoma (que não chega), nem no preço dos combustíveis (sobe, sobe, balão sobe...), nem nos salrários congelados (hiper-congelados), nem na corrupção generalizada (existe, existe...), nem nas listas de espera (ai, isso é que existem!), nem na desgraças da Justiça, nem no desgraçado estado a que este Estado chegou, nem... Ou será que pensa?

Isto não é nada bom

A conspiração mundial contra o bom do José Manuel está a atingir níveis absurdos. Então o homem esfalfa-se a anunciar aos quatro ventos a boa nova (i.e. a Sagrada Retoma) e o malandro do petróleo continua nisto? Eu, no lugar dele, ia-me embora. Imediatamente.

domingo, maio 16, 2004

As mentiras

Segundo a New Yorker, Donald Rumsfeld terá dado a ordem para que fossem utilizados "métodos não convencionais" nos interrogatórios aos prisioneiros iraquianos. Evidentemente, a administração norte-americana e o Pentágono desmentem esta informação. O problema é que depois de tantas mentiras sobre a guerra no Iraque, já não há quem acredite nas palavras destes senhores que crêem poder governar o mundo impondo-lhe, pela força das armas se preciso for, a sua vontade.

sábado, maio 15, 2004

Silêncio

Hoje tenho uma desculpa nova para não postar nada: estou a comemorar o aniversário d' A Coluna. Até amanhã.

sexta-feira, maio 14, 2004

Ainda o primeiro ano

Quero aqui agradecer a todos aqueles que durante um ano me têm acompanhado neste blogue. Àqueles que, deliberada ou acidentalmente, aqui cairam e àqueles que me linkaram o meu muito obrigado.

Um ano

Cumpre-se amanhã um ano desde o meu primeiro post aqui n' A Coluna Vertebral e não deixa de ser estranho que, apesar das intermitências, passado um ano ainda não me tenha passado a febre dos blogues. Creio até que a situação piorou e o meu estado é ainda mais febril. Não sou muito dado a balanços mas há algumas conclusões que retiro deste meu ano online. Evocando o meu primeiro post, recorro, sem qualquer ponta de ironia, a um lugar comum: tem sido uma experiência enriquecedora. Pelos contactos que estabeleci; pelas pessoas que, mesmo virtualmente, conheci; ou pelas polémicas que acompanhei.
Tinha previsto há umas semanas extinguir este blogue precisamente no dia do seu primeiro aniversário, mas entretanto descobri que não conseguirei faze-lo. Seria como matar um amigo, um companheiro, às vezes um confidente. Ainda que ninguém leia isto, eu preciso da minha Coluna Vertebral (por muito que, por vezes, me doa).

É a balda geral

O primeiro ministro comunicou ao Parlamento que não poderia comparecer no debate mensal na Assembleia da República no mês de Maio por ter agendada uma visita de Estado ao México. Entretanto (creio que o mesmo...) primeiro ministro cancelou a visita de Estado ao México para se deslocar à cidade alemã de Gelsenkirschen onde assistirá a um jogo de futebol. Simultaneamente, alguns (provavelmente bastantes) deputados eleitos para mesmo Parlamento andam aborrecidíssimos porque querem ir a Gelsenkirschen assistir ao mesmo jogo de futebol mas o presidente da Assembleia da República recusa-se a aceitar os seus motivos para lhes justificar as faltas: "trabalho político".
Estes senhores - primeiro ministro e deputados - andam a brincar com os portugueses (que os elegeram e que os sutentam com os seus impostos) e com a própria democracia (que supostamente deveriam preservar e respeitar). Estes senhores não têm pudor em exigir aos portugueses mais trabalho, continuados sacrifícios e maior produtividade e depois são os primeiros a baldar-se às suas obrigações e compromissos. Depois admiram-se de o povo os mimosear com epítetos carinhosos do género de malandros, gatunos, incompetentes", safados, bandidos, mentirosos e outros de teor mais vernáculo.
Estes senhores não me merecem qualquer respeito.

segunda-feira, maio 10, 2004

TSF, mulheres e Casa Pia

Hoje à tarde o Fórum Mulher da TSF pôs as participantes a discutir o papel da comunicação social no processo Casa Pia. E as participantes deixaram no ar opiniões (muito...) interessantes: os jornalistas são uns sacanas que só querem saber da vida privada dos intervenientes no processo, os jornalistas são uns justiceiros que denunciaram as atrocidades cometidas contra as crianças da Casa Pia, os pedófilos são homossexuais, os homossexuais são pedófilos, os suspeitos são culpados, os suspeitos são inocentes (vítimas da comunicação social), entre outras opiniões demasiado elaboradas para a minha (limitada) compreensão.

P.S.: já há algum tempo que andava a pensar explicar porque acho o conceito de um fórum em formato clube privado só para mulheres uma aberração, mas já desisti da ideia. Apenas uma dúvida: o que diriam as mulheres se a TSF tivesse um Fórum Homem (e não vale falar da Bancada Central - muitos dos intervenientes são hooligans e não contam como homens...)? Já não bastavam as ladies' nights...

O eterno viajante III

A lenda de Corto Maltese.


O eterno viajante II



O eterno viajante

domingo, maio 09, 2004

Briooooosa!

4-QUATRO-4 ao Estrela da Amadora e finalmente o respirar de alívio: a Briosa continua na Super Liga. Briooooooosa!

quinta-feira, maio 06, 2004

Fotos, justiça e mass media

A SIC abriu o seu principal bloco noticioso com a "notícia" de que iria revelar, "em rigoroso exclusivo" creio, imagens do reencontro de Carlos Cruz com a sua família no dia em que foi colocado sob prisão domiciliária. Rodrigo Guedes de Carvalho acrescentou que "mais à frente" nesse noticiário iria mostrar as imagens acompanhadas dos comentários de Raquel Cruz, esposa de Carlos Cruz. Ficámos ainda a saber que a primeira pessoa a lançar-se nos braços de Carlos Cruz foi a sua filha mais nova (que terá cerca de 2 anos).

O que é que isto nos interessa, pergunto eu? Nada, rigorosamente nada. O que é que isto adianta ao nojento escândalo da Casa Pia, pergunto eu? Nada, rigorosamente nada. O que é que isto acrescenta ao debate sobre a Justiça em Portugal? Provavelmente muito. O que é que isto revela sobre os mass media em Portugal e a sua relação com as figuras públicas? Muito. Escandalosamente muito. Aquilo a que temos assistido nos últimos dias, desde o levantamento da prisão preventiva a Carlos Cruz, tem sido uma muito bem organizada limpeza de imagem do ex-apresentador de televisão. Atrevo-me até a afirmar que se trata de uma tentativa de pressão sobre a Justiça, à qual não são obviamente alheios os advogados de defesa de Carlos Cruz.

Não sei, nem sequer me interessa, se Carlos Cruz é inocente ou culpado dos crimes de que é acusado. Aquilo que é preocupante, e revoltante, neste caso e em todo este circo mediático é a sensação que fica no ar. A sensação de que pode haver uma Justiça para quem tem acesso aos mass media, e uma outra Justiça para os desgraçados - a esmagadora maioria da população - que não têm voz. Depois admiram-se de a TVI ser o sucesso que é.

Às 20h02 desliguei a televisão e fui jantar.