A minha autarquia [Tomar] gastou aqui há uns tempos [ainda recentes] alguns milhares de contos na construção de uns absurdos urbanísticos a que deu o nome de passadeiras [segundo a imprensa local, cada passadeira terá custado cerca de mil contos] e até recebeu uns elogios de uma qualquer comissão de estudos sobre trânsito citadino cujos elementos devem saber tanto de trânsito citadino e segurança rodoviária como eu sei de física nuclear. Construídas as ditas "passadeiras" [umas elevações que ligam dois passeios e que os automobolistas, motociclistas e ciclistas têm que escalar], desde motoristas de ambulâncias a motoristas de autocarros passando por taxistas e "cidadãos anónimos", não houve quem não protestasse contra os obstáculos [as "passadeiras"] espalhados pela cidade e a autarquia lá reconheceu que tinha havido "uns erros" na sua construção. Desmancharam-se quase todas e construiram-se de novo. Todas estas obras custaram, naturalmente, mais uns milhares de contos. Os obstáculos já não são tão ingremes mas continuam por cá. Desde que foram construídas, desmanchadas e novamente construídas, já quase todas as "passadeiras" tiveram que ser reparadas [algumas várias vezes] devido ao mau tempo [e desconfio que também por causa das deficiências de construção e dos próprios materiais usados...].
Entretanto, a autarquia decidiu renovar o saneamento básico da cidade o que tem implicado incómodos variados, mas compreensíveis, e... a destruição de várias dessas "passadeiras". Que hão-de ser, calculo, novamente construídas.
Não sei o que ganham os autarcas tomarenses com este edifica para destruir para voltar a construir e destruir novamente para voltar a fazer, mas sei que alguém tem ganho muito dinheiro com isto tudo. Sei também que o erário público tem perdido outro tanto. E há mais trezentas e tal câmaras municipais no país...
Entretanto, a autarquia decidiu renovar o saneamento básico da cidade o que tem implicado incómodos variados, mas compreensíveis, e... a destruição de várias dessas "passadeiras". Que hão-de ser, calculo, novamente construídas.
Não sei o que ganham os autarcas tomarenses com este edifica para destruir para voltar a construir e destruir novamente para voltar a fazer, mas sei que alguém tem ganho muito dinheiro com isto tudo. Sei também que o erário público tem perdido outro tanto. E há mais trezentas e tal câmaras municipais no país...