sábado, fevereiro 25, 2006

[Some of] the music that rocked my world # 21

Slayer, Reign In Blood [DefJam Records, 1986]

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Angel of Death / Piece by Piece / Necrophobic / Altar of Sacrifice / Jesus Saves / Criminally Insane / Reborn / Epidemic / Post Mortem / Raining Blood

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Dez temas, 29 minutos e 1 segundo de doentia agressão. Estava-se em 1986 e os Slayer conseguiam, à terceira tentativa, revolucionar a cena heavy metal internacional. Após os semi-falhados Show No Mercy e Hell Awaits, com Reign In Blood, Tom Araya, Dave Lombardo, Jeff Hanneman e Kerry King compunham uma autêntica sinfonia de violência e opressão como nunca antes se tinha ouvido. A partir daqui o mundo do heavy metal entrou numa espiral de violência e brutalidade com toda a gente a tentar tocar a velocidades cada vez mais vertiginosas e a um volume sonoro cada vez mais elevado. Os Slayer faziam, em 1986, parte do titânico quarteto que dominava o movimento que na altura se designava como thrash / speed metal [Metallica, Anthrax e Megadeth eram os restantes] e de onde viria a nascer muita da mais extrema música entretanto produzida. Aliás, desse quarteto, apenas os Slayer continuam fieis ao seu credo inicial, debitando bons álbuns com alguma regularidade [os Metallica amoleceram, os Anthrax foram perdendo gas por entre crises internas e os Megadeth assumiram-se como o veículo das paranoias - e do péssimo feitio - de Dave Mustaine]. Quem esteve no último Super Bock Super Rock não ficou indiferente, para o bem e para mal, à demolidora actuação do quarteto que deixou a milhas de distância todas as outras formações [mais ou menos] da mesma área musical que por lá passaram.

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Ora há 20 anos Portugal entrava com pompa e circunstância para a então CEE e o início desse ano ficou por cá marcado pela renhida disputa eleitoral entre Mário Soares e Freitas do Amaral para o cargo de Presidente da República [creio que foi com essas eleições que realmente acordei para a política]. Nesse mesmo ano, fomos todos enxovalhados com a participação da selecção de futebol portuguesa no Mundial do México [o famigerado caso Saltillo], o tal em que Maradona marcou golos de todas as maneiras e feitios [e o mesmo em que a mão divina também teve intervenção decisiva]. Em Outubro 1986 eu iniciava o meu último ano do ensino secundário sem saber muito bem o que iria fazer depois Junho de 1987 [haveria de rumar a Coimbra].

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Post arquivado em As colunas [sem surround]

Quando o futuro era lá atrás

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1977 - 1983

Children of the damned...

... esteve para ser o título do post abaixo...

Inimputabilidades

Um grupo de fedelhos [no sentido de "miúdos"] espancou até à morte um sem-abrigo no Porto. Rui Semblano aborda o assunto, porque [como ele próprio escreve] aconteceu praticamente à porta de sua casa, e genericamente concordo com o que escreve. Aliás, este post é mesmo suscitado pela leitura do sombrio texto - não tinha qualquer intenção de abordar o crime cometido pelas "crianças".
Isto dito, algumas considerações soltas:
- Não desculpabilizo o que os garotos fizeram. Mataram uma pessoa e sabiam o que estavam a fazer. Espancaram um desgraçado apenas porque sim, porque lhes apeteceu. Não me interessa as origens sociais dos catraios e não me interessa se eram oriundos de "famílias desestruturadas" [ou lá como é que os psicólogos e sociólogos dizem] ou de "famílias estáveis". Merecem ser castigo à altura do crime que cometeram.
- Este é um caso limite, mas a verdade é que diariamente "crianças" portuguesas têm atitudes e cometem actos reveladores da mais absoluta irresponsabilidade. Basta falar com qualquer professor. As suas histórias são reveladoras. Os casos de "indisciplina" sucedem-se nas nossas escolas e continuamos, todos, a assobiar para o lado e a achar que "são jovens, não pensam". Acontece que são jovens mas não são parvos. Pensam, raciocinam, observam e tiram conclusões. E as conclusões que tiram são simples: os "adultos" acham que as suas atitudes são compreensíveis e desculpáveis porque, lá está, eles "são jovens, não pensam", têm direito à rebeldia e patati-patátá.
- Mais do que irresponsabilidade, temos um problema de desresponsabilização generalizada. Os pais, genericamente, largam os filhos na escola e esperam que esta cumpra funções parentais [ainda esta semana ouvi António Lobo Xavier, na Quadratura do Círculo e que tem as filhas numa escola secundária, pública, do Porto, dizer que quando vai a reuniões de pais percebe que a atitude generalizada revela precisamente que os pais esperam que a escola "tome conta dos seus filhos" - e calculo que as filhas de Lobo Xavier não andem numa das escolas problemáticas do Grande Porto...].
- Ao contrário do que é comum dizer-se, as crianças não são tão inocentes como isso [e actualmente são-no menos do que o eram em outros tempos]. Acresce que as crianças [os seres humanos...] são naturalmente violentas [e não me venham com a conversa dos jogos de computador e dos programas de televisão] e cruéis. Não é de agora que o são. Lembro-me bem de algumas brincadeiras de recreio, de várias cenas de pancadaria, de olhos negros e sangue a correr do nariz [e não cresci em nenhum "bairro problemático" de subúrbio].
- Não sei quais são as soluções, não sei se, como Semblano escreve, passa pelo endurecimento da lei. Sei que ou começamos - adultos, pais, escola, sociedade - a responsabilizar as "crianças" pelos suas atitudes ou mais tarde ou mais cedo o problema pode tornar-se irresolúvel. Por muito fluídos que possam ser as noções de bem e de mal, essas noções ou se adquirem na idade própria ou jamais se adquirem e há - sempre houve - formas de as transmitir [a boa e velha - e hoje proibida - bofetada, no momento certo, teve em mim efeitos pedagógicos que hoje agradeço à senhora minha mãe].

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À margem: pergunto-me porque motivo, em todas as notícias e comentários ao caso que tenho lido, e ouvido, tem sido referido que o sem-abrigo era transexual e toxicodependente...

sexta-feira, fevereiro 24, 2006

Favourites

Faz-me muita confusão que haja tanta gente que rapidamente indica o livro, filme, disco ou canção da sua vida. Nunca fui capaz de o fazer [defeito meu, por certo]. Desde puto imberbe nunca fui capaz de responder a perguntas do género "qual é a tua banda favorita?", "quem é o teu escritor preferido?", "quem é que achas que é o/a melhor actor/actriz de sempre?". Apetece-me sempre responder com nomes que sei à partida que o inquirdor desconhece [numa certa fase da minha vida respondia mesmo com nomes que ninguém conhecia... porque os inventava]. Felizmente nunca ninguém me perguntou "se fosses para uma ilha deserta e só pudesses levar um...?". Escapa-me por completo o motivo que possa levar alguém em seu perfeito juízo a querer passar o resto da vida numa ilha deserta.
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Deixo aqui aquela que é uma das melhores canções que alguma vez ouvi. Um verdadeiro monumento.

Long wave / short wave / frequência modulada

Sempre quero ver se esta proposta de onda blogoesférica pega... Já vi "ondas" mais absurdas.

[Será que] Espero que o João Miranda concorde [?].

A puta...

... da relatividade.

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

CATÁSTROFE [2]

Felizmente a "ajuda humanitária" foi lesta e A Coluna sobreviveu. Foi preciso andar a recolher ossos do chão e reconstituir o esqueleto, mas está tudo novamente funcional.
Ainda não percebi o que se passou com o Blogger. Sei apenas que, subitamente, fiquei sem blog e foi preciso reconstituir o template de raíz. É capaz de haver ainda um ou outro "osso" deslocado, mas aparentemente está tudo como antes da catástrofe.

CATÁSTROFE

Algo de estranho se passou e A Coluna Vertebral ficou com os ossos todos partidos.

Continuando debaixo do solo

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[Moscovo, estação de Komsomolskaya]

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[Teerão, estação Iman Khomeini]

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[Estocolmo, estação de Rinkeby]

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[Munique, estação de Westfriedhof]

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Sim, são imagens de estações de metropolitano, embora pareçam uma catedral [Moscovo], um museu [Teerão], uma caverna humanizada [Estocolmo] e um bar / discoteca modernaço.

Another experience in castposting

Continuo a testar o Castpost e a coisa parece estar a correr bem. A quem possa interessar: o tema que roda no player aqui em baixo é de Urb, promissor talento da música electrónica portuguesa. O que roda no topo do blog pertence aos Waste Disposal Machine [banda de electro-industrial-metal].


Powered by Castpost

Debaixo do solo

Retomo o tema do estranho fascínio que sobre mim exercem as estações de metropolitano e o hábito de as fotografar. Não sou, certamente, caso único e, além do mais, há estações de metro que só não fascinarão as almas mais empedernidas. Dois exemplos:

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[Zurique, estação de Stadelhofen]

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[Montreal, estação de Monk]

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Fotos retiradas daqui.

quarta-feira, fevereiro 22, 2006

Play it again, Sam!

Samuel Eto'o. Marcou o golo da vitória do Barcelona sobre o Chelsea. Que me desculpem os admiradores de Mourinho [entre os quais me incluo], mas espero que na segunda mão Lampard, Crespo, Makelele, Robben e companhia não consigam dar a volta ao resultado [mas com Mourinho nunca se sabe...].

An experience in castposting

Apenas um teste como se deduz do título acima.


Powered by Castpost

castpost link: http://agendaelectronica.castpost.com

Manias...

Tenho um estranho fascínio pelo metropolitano e, particularmente, pelas estações de metropolitano. De tal modo que até costumo fotografá-las.

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Entretanto, adquiri também o estranho hábito de fotografar túneis...

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... cafés e restaurantes.

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Só tenho pena de não ser bom fotógrafo.

Finalmente...

... uma razão válida para os portugueses berrarem por Portugal quando vão a concertos. Assim, eles venham tocar.

Outros olhares

Lembram-se de Rob Gardiner e da sua caminhada sobre a Circle Line de Londres? Pois bem, Gardiner chegou ao fim da sua viagem fotográfica, depois de percorrer a pé as 14 milhas dessa linha de metropolitano londrina. E aqui dá-nos a ver as imagens da última milha.

Bolas ao poste

Ontem à noite, Ronald Koeman deixou de ser "una mierda" [ou passou, pelo menos, a ser "una mierda mas acceptable"] porque Luisão marcou um golo ao Liverpool num jogo que, de campeões, teve muito pouco. Aliás, a avaliar pelo número de golos marcados ontem [apenas cinco] em quatro jogos, os "campeões" ainda em prova andam muito pouco inspirados. Logo, ao princípio da noite, há mais quatro jogos e, dizem, o grande embate de hoje envolverá o Chelsea e o Barcelona e eu espero, mas duvido, que Rijkaard bata Mourinho.

Nota: dos 16 clubes em prova, pelo menos 8 não foram campeões de coisa nenhuma na época passada. Daí as aspas em campeões.

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Bolas ao poste, jornalismo na desportiva e futebol

Sábado, 18 de Fevereiro, Estádio D. Afonso Henriques: o SLB levou um banho e, como se isso não bastasse, ainda perdeu com o penúltimo classificado do campeonato nacional.
Sábado, 18 de Fevereiro, Estádio de Alvalade: o Paços de Ferreira perdeu por 3-0 por culpa do árbitro que assinalou falta numa jogada em que o guarda redes derrubou não sei dentro da área.
Domingo, 19 de Fevereiro, Estádio das Antas: um clube da Madeira [que por mim ia jogar para os distritais - onde estaria não fossem as chorudas "ajudas" do Governo Regional com o dinheiro dos nossos impostos] perdeu por 1-0 e viu o árbitro reconhecer que se tinha enganado e voltar atrás com uma decisão errada, repondo assim a verdade. No canal de televisão que transmitia o jogo em directo, os "jornalistas" ridicularizaram o árbitro quando este assinalou o penalty [grande penalidade em português] e ridicularizaram o árbitro quando este reconheceu o erro e o corrigiu. Não sei se Carlos Xistra, o árbitro em causa, é bom ou mau árbitro e não tenho razões para duvidar da sua idoneidade, mas ontem fiquei a saber que é um homem sufucientemente humilde para reconhecer que se engana, e ao reconhecê-lo, corrigir o erro. Coisa que os "jornalistas" que acompanhavam a transmissão não são.

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E agora, vamos ao futebol: em Espanha o Barcelona, com Ronaldinho, Deco, Eto'o e Messi, deu 5 ao Bétis [e deixou que os de Sevilha marcassem um golo]. Em Itália, a Juventus até já se dá ao luxo de perder. Na Inglaterra, houve Taça. Na Bélgica o "meu" Anderlecht ganhou por 2-0 ao FC Brussels [mas tenho algumas dúvidas que na Bélgica se jogue realmente futebol...].

Fitas

A partir de hoje o Porto é [ainda] mais fantástico.

A propósito!...

For Seinfeld lovers only.

Entusiasmo

Logo à noite estreia Calma, Larry! [ou Curb Your Enthusiasm no original] n' A Dois. Se não sabem quem é Larry David talvez valha a pena saber que o senhor era um dos argumentistas de Seinfeld e se não sabem o que foi [é] Seinfeld, talvez não valha a pena ver Curb Your Enthusiasm.

Desaparecidos

Dois posts aqui publicados na sexta e no sábado... Muito estranho. Entretanto foram recuperados, mas o comentário que a um dos posts desapareceu.

Saturday night, strip fever

Aqui e ali.

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

A puta...

... da irrelevância.

Porque a liberdade está ameaçada por aqui [mais absurdos]

Se por causa da de uns rabiscos publicados há uns meses num obscuro jornal dinamarquês é compreensível que se destrua, mate e ameace com a guerra santa todo o Ocidente, então por causa de milhares de mortos nas torres de Nova Iorque, nos combóios de Madrid ou no metropolitano de Londres [omito deliberadamente todos os atentados ocorridos em países muçulmanos nos últimos anos e os milhares de mortos muçulmanos que provocaram] será legítimo achar que a invasão e ocupação do Iraque ainda é pouco? Guantanamo e Abu Grahib são justificáveis?
Nem quero pensar no que deveria ter acontecido à Alemanha depois da Segunda Guerra Mundial [se o Holocausto tivesse mesmo acontecido, claro...].

Porque a liberdade está ameaçada por aqui [outra dúvida]

Alguém me explica, com recurso a ilustrações se for caso disso, qual é exactamente o problema dos fundamentalistas islâmicos? Ainda não percebi o que tanto os ofende: a representação do seu Profeta [faço notar a maiúscula, não venha por aí uma fatwa contra mim...] ou o facto de os cartoons serem "insultuosos"?

Já agora, e se não for pedir muito, esclareçam-me também quem é que anda há anos a associar a figura, perdão, o nome de Maomé à violência e ao terrorismo? Os cartoonistas dinamarqueses ou os muçulmanos que se têm feito explodir nos mais variados locais do planeta?

Porque a liberdade está ameaçada por aqui [absurdos]

Tenho ouvido por aí argumentos absolutamente delirantes em defesa, ou pelo menos de compreensão, das reacções dos fundamentalistas islâmicos aos cartoons publicados há uns meses num irrelevante jornal dinamarquês. Resolvi também arranjar um argumento absurdo: se aquelas reacções são legítimas, ou pelo menos compreensíveis, quantos indonésios terão ainda de morrer para pagar os crimes que durante anos cometeram em Timor?

Porque a liberdade está ameaçada por aqui [dúvida]

Há um aspecto que me faz muita confusão em todo este "disparate" gerado à volta de uns quantos desenhados publicados há uns meses. Porque haveria eu, para todos os efeitos agnóstico, de me submeter às leis de uma religião que não pratico e sobre a qual sou mesmo largamente ignorante? Se não aceito que a Igreja Católica, em cujo catequismo até fui educado, interfira na minha vida pessoal, porque haveria de me submeter aos ditâmes de qualquer outra religião [seja ela qual for]? A lei muçulmana que impede a represenação de Maomé aplica-se aos muçulmanos, não a mim. E não me venham com o argumento de que os cartoons são "insultos" à dignidade do profeta e à fé muçulmana. Nada justifica as reacções que os fundamentalistas islâmicos têm protagonizado.

Porque a liberdade está ameaçada por aqui [disparates]

Rui Semblano, que me deve um café no Paraíso, acha que os disparates de um pequeno jornal dinamarquês são comparáveis aos disparates proferidos pelo senhor Mohammed Taheri, embaixador do Irão em Portugal. Não são comparáveis. Eu sou dos que acham que os cartoonistas dinamarqueses têm o direito a exprimir a sua opinião. Acho também que o senhor Mohammed Taheri tem direito à sua opinião. Mas o que o senhor Mohammed Taheri exprimiu é mais que a sua opinião pessoal, quanto mais não seja porque falou na qualidade de representante oficial em Portugal de um Estado [o Irão]: aquela é, queira-se ou não, a posição de um Estado, concretamente o Irão, que defende a extinção de outro Estado, Israel, e que defende que o Holocausto nunca existiu. Os cartoonistas dinarqueses não caricaturaram Maomé em representação do Estado dinamarquês. Fizeram-no a título pessoal. Mohammed Taheri falava em nome do Estado que representa em Portugal. Isso faz toda a diferença.

Serviços fantásticos

A página que reproduzo aqui terá sido publicada na Visão do passado dia 2 de Fevereiro. Confio em que ma fez chegar às mãos [leio a Visão muito intermitentemente]. Espantoso neste relato é que, apesar da prodigiosa imaginação de Ricardo Araújo Pereira, não duvido nem por um segundo da veracidade do seu relato. Se, como eu, não é "cliente" assíduo da Visão, faça o favor de clicar na imagem para ler convenientemente o texto.

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Sair [publicidade semi-dissimulada]

Amanhã à noite.
Para mais informações / pormenores, clicar na imagem abaixo...




Para saber com que contar, descarregar o tema Mixed Pleasures Made Me Special. [download link]

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Muito boa música

O projecto britânico The Infadels editou recentemente um álbum intitulado We Are Not The Infadels que me chegou agora - ilicitamente, confesso - aos ouvidos. É um grande disco e, se nos enjoativos balanços de final de ano, não estiver lá é, porque anda tudo surdo.

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Música e ruido ambiente

Quem por aqui passa já deve ter suspeitado que eu gosto de música. Gosto muito, realmente. Ouço, compro e descarrego muita música. Não consigo trabalhar ou conduzir sem música, por exemplo. Talvez por gostar tanto de música, de muitas músicas, me irrite tanto a proliferação de locais que insistem em dar-me música [entenda-se aqui música em sentido muito lato]. Supermercados, elevadores, telefones, o átrio do prédio onde moro, lojas, cafés, restaurantes, comboios, autocarros, centros comerciais ou blogs insistem em dar-me música [em sentido muito lato, repito], música de que em 99% das vezes não gosto e que nem sequer pedi para ouvir. É nessas alturas que prezo ainda mais outra das minhas paixões: o silêncio. É que nessas alturas, o que me dão não é exactamente música, é tão somente ruído ambiente.

Mohammed Taheri

Correndo o risco de atraiar sobre Portugal a fúria dos persas, atrevo-me a perguntar quantas pessoas incinerou ou mandou incinerar o senhor Mohammed Taheri para chegar à tão científica conclusão de que são precisos 15 anos para incinerar seis milhões de pessoas?

Insanidade mental [ou um post absolutamente sincero]

A propósito desta notícia [e de tudo o que se passa na desgraçada Madeira] apenas me passa pela cabeça dizer o seguinte a Aborto João Jardim: o senhor é uma das maiores bestas que alguma vez pisaram território português, um energúmeno que governa a sua ilha com métodos que fariam a inveja da velha mafia siciliana e que sobrevive politicamente graças à criminosa e corrupta teia de cumplicidades que foi construindo na "sua" ilha [e à criminosa passividade da classe dirigente portuguesa que o tolera]. O senhor é um ladrão da pior espécie, um vigarista que anda a assaltar Portugal há trinta anos para financiar os seus esquemas criminosos e alimentar a escumalha que o rodeia. O senhor é aquilo que aqui, em Cuba como o senhor gosta de dizer, designamos como um grandessíssimo pulha. Por favor, vá morrer longe e depressa.

Aviso à navegação: em três tempos arranjo um atestado a comprovar a minha insanidade mental, portanto não vale a pena alguém pensar em processar-me por injúrias e difamação.

Afinal, ainda há esperança...

... para o Blitz, jornal que, como por aqui escrevi há uns meses, andava "uma merda": a direcção passou para as mãos de Miguel Francisco Cadete.

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Mais bonecas

As mais estranhas bonecas de Boston [ver dois posts abaixo] têm duas datas agendadas para Portugal no mês de Maio [Lisboa e Famalicão].

O princípio de um novo culto?...

Colecção completa

Finalmente. É praticamente uma obsessão pessoal na área da música electrónica. O prolífero Richard David James editou ao longo de 2005 uma série de onze EPs sob a designação AFX e hoje consegui, finalmente, completar a colecção. 41 temas, mais de 3 horas de música.

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[Capas de Analord 01 e Analord 11]

Just in case: Richard David James é o nome do artista normalmente conhecido como Aphex Twin e que tem ainda trabalhos editados sob as designações / pseudónimos AFX, Blue Calx (2), Bradley Strider, Caustic Window, The Dice Man, GAK, Polygon Window, Power-Pill, Q-Chastic, Richard D. James e Soit-P.P. E o homem ainda é co-proprietário da Rephlex Records.

Uma dúvida permanece: o homem é louco, visionário, génio, fraude ou apenas pantomineiro?

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Se não tenho cuidado..

... ainda desenvolvo uma obsessão por estas bonecas. São duas: a Amanda e o Brian [uma boneca e um boneco portanto], em conjunto respondem pelo nome de Dresden Dolls e fazem, dizem eles e com razoável propriedade, "brechtian punk cabaret".

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Passem pelo site das bonecas e ouçam os temas que eles lá oferecem. Por vossa conta e risco. A coisa pode mesmo transformar-se numa obsessão. Ou pelo menos numa paixão.

De certeza...

... que este senhor é o mesmo que fundou o CDS? O homem do centro, da equidistância e não sei que mais?

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Não será um irmão gémeo ou um um clone?

Vai um cigarrinho?... [*]

Pode ser, mas tem que ser na varanda. Agora, cá em casa é assim.

[*] Já tinha saudades de fazer um destes posts absolutamente irrelevantes.

domingo, fevereiro 12, 2006

Chain posting

Cinco estranhos hábitos [no meu caso algo prosaicos].

Recebi um desafio, daqueles aos quais não costumo responder. Estranhamente, respondo a este.

1. Dizer o que penso, principalmente a quem acha que devo ser "mais diplomático"
2. Falar com [e insultar] pessoas na televisão, particularmente jornalistas, comentadores, analistas, jogadores de futebol e políticos
3. Ler jornais e revistas de trás para frente
4. Procurar raridades musicais
5. Achar que todos os meus hábitos são normais

E. tratando-se de um chain post, passo-o a Rui Semblano, Ana, Elisa, Hugo e Miguel.

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

Porque a liberdade está ameaçada por aqui

Porque a liberdade está ameaçada por aqui [*]

«Na próxima 5ª feira, 9 de Fevereiro, pelas 15 horas, um grupo de cidadãos portugueses irá manifestar a sua solidariedade para com os cidadãos dinamarqueses [cartoonistas e não-cartoonistas], na Embaixada da Dinamarca, na Rua Castilho nº 14, em Lisboa.
Convidamos desde já todos os concidadãos a participarem neste acto cívico em nome de uma pedra basilar da nossa existência: a liberdade de expressão.
Não nos move ódio ou ressentimento contra nenhuma religião ou causa. Mas não podemos aceitar que o medo domine a agenda do século XXI.
Cidadãos livres, de um país livre que integra uma comunidade de Estados livres chamada União Europeia, publicaram num jornal privado desenhos cómicos.
Não discutimos o direito de alguém a considerar esses desenhos de mau gosto. Não discutimos o direito de alguém a sentir-se ofendido. Mas consideramos inaceitável que um suposto ofendido se permita ameaçar, agredir e atentar contra a integridade física e o bom nome de quem apenas o ofendeu com palavras e desenhos num meio de comunicação livre.
Não esqueçamos que a sátira - os romanos diziam mesmo "Satura quidem tota nostra est" - é um género particularmente querido a mais de dois milénios de cultura europeia, e que todas as ditaduras começam sempre por censurar os livros "de gosto duvidoso", "má moral", "blasfemos", "ofensivos à moral e aos bons costumes".
Apelamos ainda ao governo da república portuguesa para que se solidarize com um país europeu que partilha connosco um projecto de união que, a par do progresso económico, pretende assegurar aos seus membros, Estados e Cidadãos, a liberdade de expressão e os valores democráticos a que sentimos ter direito.
Pela liberdade de expressão, nos subscrevemos

Rui Zink
Manuel João Ramos
Luísa Jacobetty»

[Recebido por email]

Não é necessário acrescentar o quer que seja ao texto. Em espírito assino por baixo.

terça-feira, fevereiro 07, 2006

Terras de ninguém [?]

Há uma zona, relativamente vasta, do território nacional que não existe para o resto do país, incluindo aqueles que têm a sob a sua responsabilidade a coisa pública. Refiro-me ao território "encravado entre o Douro e as Beiras" [como hoje se escreve no Público], concretamente a concelhos como Cinfães, Armamar, Tabuaço, Vouzela, Oliveira de Frades, Sátão, Nelas, Penalva do Castelo, Penedono, São João da Pesqueira e Tarouca que vão por estes dias receber a visita de um presidente da República em fim de mandato.
Não pretendo insinuar o que quer que seja sobre Sampaio. Acho mesmo que aquela região do país, localizada no distrito de Viseu, é para o resto dos portugueses inexistente. Quantos sabem apontar num mapa aquelas localidades? Quantos já lá foram, ou pelo menos por já por lá passaram? Quem é e como [sobre]vive aquela gente?
Dois destes concelhos - Satão e Penedono - nunca [sublinho NUNCA] receberam a visita de um chefe de Estado. Do Estado português.

Os nomes das ruas

O post anterior, concretamente a referência à Corredoura [a.k.a. Rua Serpa Pinto], trouxe-me à memória um texto escrito há mais de um ano para um blog entretanto extinto [ou pelo menos em banho-maria].

Recupero-o.

«Há uns dias alguém, à mesa de um café (o Paraíso, claro...) resolveu perguntar onde ficava a rua Joaquim Jacinto e foi o cabo dos trabalhos para que se chegasse a uma conclusão. Como bons tomarenses (alguns dirão maus e ignorantes tomarenses, mas enfim) não conhecemos a esmagadora maioria das ruas de Tomar pelos seus nomes "oficiais" mas pelas suas, digamos, alcunhas ou, em alternativa, pelos nomes tradicionais (a Serpa Pinto será sempre a Corredoura, por exemplo). Assim temos a rua do Cine-Teatro, a rua da Marisqueira, a rua dos Correios, a rua da Sinagoga, a rua do Hospital ou a Levada. O que é certo é que nunca nos perdemos nas ruas de Tomar. A não ser quando nos apetece...»

Claro que este fenómeno não é exclusivo de Tomar.

A quem possa interessar...

... coloco aqui, em tamanho visível, a fotografia que ornamenta a caixa de comentários deste blog. É uma das fotografias que cá em casa arquivamos na categoria "uma foto daquelas", i.e. uma foto daquelas tiradas sem olhar. A ver no que dá. Normalmente dá merda.

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Todas as cidades deviam ter, pelo menos, um café como este. A minha cidade tem um [quase] como este. Pelo menos, a certos dias da semana e a certas horas do dia é [quase] como este. Chama-se Café Paraíso e fica na Corredoura [*], passe a publicidade.

[*] Ao visitante pouco familiarizado com a cidade, um aviso: nunca pergunte pela Rua Serpa Pinto. Qualquer tomarense hesitará mais ou menos longamente antes de lhe responder. Muitos
nem lhe saberão responder. Pergunte pela Corredoura.

Bolas ao poste

O FCP empatou com o Braga. Fico na dúvida: o homem esta semana "es una mierda" [nas sábias palavras de Koeman] ou é assim-assim? Jesualdo Ferreira parece-me que continua a ser o "professor" Jesualdo Ferreira.

[Para uma total compreensão desta dúvida scroll down até três posts abaixo]

Venda-se!

Isto até é capaz de ser uma boa ideia. Pior não há-de ser, mas isto pode ser só um problema meu que tenho uma aversão extrema a estes senhores e ao seu, enfim, modus operandi.

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Junk food, my foot! [the sequel]

Nada maus os rotolini de requeijão e espinafres. Foi a primeira vez que experimentei e são capazes de substituir os ravioli da 4 Salti. Em dias como este, claro.

Junk food, my foot!

Rotolini de requeijão e espinafres.
Em dias como este, é que dou valor aos produtos 4 Salti.

Bolas ao poste

Subitamente, Ronald Koeman é um treinador de "mierda", Paulo Bento cada vez mais um grande treinador e Co Adriaanse aguarda o jogo de amanhã para saber o veredicto. Entretanto, o facto mais significativo do fim de semana futebolístico nacional foi a vitória do Penafiel, que já nem sabia muito bem como era ganhar um jogo.

[Esta semana haverá mais alguma entrevista de Luís Filipe Vieira à SIC?...]

Caricaturas

Se alguém me quiser caricaturar, faça o favor. Prometo que não provocarei quaisquer distúrbios.

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

Pontapés para o ar [afinal tudo volta ao normal]

Após o último SLB - SCP, estranhei a ausência de polémicas [eu diria imbecilidades] que abundam após os "grandes jogos" [que muitas vezes são tão confrangedores que chamar-lhes grandes, enfim...].
Entretanto, nos últimos dias tudo regressou à normalidade. Na verdade, a normalidade regressou quando uns idiotas quaisquer resolveram atacar o treinador do FCP [ou pelo menos o seu carro]. Parece que os idiotas se auto-denominam adeptos de futebol e do FCP. Casos para análise clinica especializada, diria eu. Hoje [ou ontem?] o FCP "cortou relações" com a claque dos Super-Dragões aos quais pertencerão os tais idiotas. E suspendeu todos os apoios, que não eram poucos, à dita claque. Imaginem o que não seria se o FCP não seguisse à frente do campeonato com 4 pontos de avanço sobre o segundo classificado. A esta hora já teriam provavelmente feito o funeral a Adriaanse. Literalmente.
Depois foi aparecendo uma fricçãozinha entre o Nacional da Madeira, que por incompetência alheia se encontra num estranho 3º lugar do campeonato, e o SCP, que por incompetência própria se encontra dois lugares abaixo. Parece que um tal de Rui Alves, presumo que presidente da insignificante agremiação madeirense [quanto dinheiro recebe do Governo Regional esta agremiação?] se equiparou ao SCP. O SCP não gostou e reagiu, ou tem vindo a reagir. Quem assim se rebaixa...
Ontem à noite, no tal noticiário da SIC que acidentalmente vi, esteve Luís Filipe Vieira a dar uma entrevista [não sei se não a terá comprado, mas enfim...] em directo. A grande ideia que o senhor fez passar foi, cito livremente e de memória, que "esse assunto faz parte do passado e não quero falar mais sobre isso". A minha dúvida é apenas uma: que critério jornalístico poderá ter levado um canal de televisão a ocupar significante parte do seu noticário com uma entrevista a um senhor que lá foi dizer que "não fala sobre assuntos passados"? [note-se que aqui se cruzam a normalidade do futebol nacional com a falta de assunto - de notícias - dos canais televisivos nacionais]

ATENÇÃO: [chamem-lhe falta de fair-play, arrogância, falta de capacidade de encaixe ou falta de espírito democrático] comentários de fanáticos por qualquer dos clubes mencionados, comentários que não apresentem argumentos, comentários idiotas e outros que tais serão sumariamente removidos da caixa de comentários.
ATENÇÃO: também não são bem vindos comentários de Rui Teixieira, Pinto da Costa, dirigentes do Sporting, Rui Alves, Luís Filipe Vieira, José Veiga, Gabriel Alves, Dias Ferreira, Jorge Coroado, Pôncio Monteiro, Fernando Seabra e mais umas centenas cujo nome me escapa.
ATENÇÃO: enfim, o senhor Gabriel Alves pode comentar. Sempre diverte os leitores.

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

Ver

Ontem à noite sintonizei a SIC por volta das 20h00 para "ver as notícias". É um estranho impulso este que cada vez consigo controlar melhor, mas ontem foi mais forte que eu. Praticamente já não vejo noticiários e, se tudo correr bem, hei-de desligar-me completamente deste hábito. Nem tem sido preciso esforçar-me, essa é que é a verdade. As nossas, salvo seja, televisões têm-se encarregado de fazer descer o jornalismo televisivo a um nível tão rasteiro que cada vez mais me esqueço de que são horas de "ver as notícias". A internet, alguma rádio e os jornais lá vão suprindo esta estranha necessidade de "saber as notícias". Cada vez preciso menos de "ver as notícias". Ver, gosto de ver os meus amigos ou um bom filme. Quanto às notícias, cada vez mais me basta sabe-las. Ouvindo ou lendo.

quarta-feira, fevereiro 01, 2006