O Fonseca é um chato. Um grande chato, que me perdoem os meus amigos [principalmente amigas] que gostam do Fonseca. Não tenho paciência para as lamechices do homem. Não sei bem que idade o Fonseca tem, mas aquelas pieguices dele, sempre à beira da choraminguice, irritam-me solenemente e não me parecem próprias de um homem de barba rija com idade para ter juízo. Se o Fonseca fosse um daqueles teenagers em fase de crise existencial e guitarra na mão no pátio da escola secundária, ainda lhe podia aturar qualquer coisinha. Mas o Fonseca é um homem feito [e bonito até, que o digam as minhas amigas que se derretem quando o vêm] e já devia ter ultrapassado alguns traumas. Mas não. Insiste nos seus lamentos, sempre com aquela voz melancólica. Já crescias, oh Fonseca!
Hoje o Fonseca vem cá à cidade. As minhas amigas que o aturem.
Hoje o Fonseca vem cá à cidade. As minhas amigas que o aturem.