terça-feira, agosto 31, 2004

Imagens de uma semana ao sul

O caminho para a "minha" praia...


A "minha" praia...


Infelizmente, há quem insista em destruir o nosso património...

segunda-feira, agosto 23, 2004

Um lugar ao sul

Hoje parto novamente para a segunda parte das minhas férias. Vou para o sul. Espero que também vá para o sol que de chuva já chegou a passada semana em Paredes de Coura.

sábado, agosto 21, 2004

Férias repartidas

Regresso a casa antes de partir novamente daqui a menos de dois dias. A primeira semana de férias a sério já lá vai, passada primeiro a deambular pelo Parque Natural da Peneda-Gerês e depois em praticamente cinco dias de Rock'n'Roll em Paredes de Coura. Daqui até ao fim do mês só quero mesmo é descanso. É que depois de quase uma semana de música e chuva o corpo pede descanso. Total e absoluto. E entretanto vou continuar mais ou menos a leste da actualidade. Não quero saber das nomeações do Lopes nem da participação portuguesa nos Jogos Olimpícos nem das eleições no PS nem do preço do petróleo nem... Até já.

quinta-feira, agosto 12, 2004

A chegada é sobrevalorizada

«Adoro viajar. Muito mais do que alguma vez gostei de chegar a um sítio. A chegada é sobrevalorizada. É muito mais excitante andar de um lado para o outro. De avião, de barco, de carro, de comboio, a pé, seja como for. Gosto é de andar de um lado para o outro. Acho que os destinos foram inventados para não darmos a sensação que andamos a deambular, meio perdidos [...]»
Jerry Seinfeld, Linguagem Seinfeld

Notoriamente eu não o diria melhor. As palavras acima descrevem na perfeição o meu conceito de viagem. Ir, andar, deambular. Chegar é irrelevante. Amanhã ponho-me a andar. Durante duas semanas. Quase me esquecia: também gosto da expectativa da partida. É quase tão boa como a partida em si mesma.

quarta-feira, agosto 11, 2004

Com senso

Ainda a propósito do pacto de regime para a Justiça proposto pelo senhor Lopes. Só para acrescentar isto: preferia que, em vez de procurar consensos, o senhor governasse o país com senso.

Nostalgia creeps [on television, the drug of the nation] # 6

A melhor série sobre polícias que alguma vez vi: Hill Street Blues. Quando se começava a ouvir o genérico, parava tudo para acompanhar as vidas do capitão Furillo, dos agentes Bobby Hill, Andy Renko ou Lucille Bates, dos detectives Washington, J.D. LaRue ou Mick Belker, da advogada Joyce Davenport.e dos outros todos.
Sgt. Phil Esterhaus [Michael Conrad], Frank Furillo [Daniel J. Travanti] e Joyce Davenport [Veronica Hamel]

"Let's be careful out there..."

terça-feira, agosto 10, 2004

Política à portuguesa

Regresso, brevemente à política. Parece que o senhor Lopes, atabalhoado primeiro ministro da nação, anda para aí a propor um pacto de regime sobre a Justiça. Não gosto de pactos, de regime ou outros. Ainda por cima, pacto de regime cheira-me a consenso e também não sou adepto de consensos. Aliás, abomino-os. Portugal viveu em consenso durante 48 anos e os resultados estão, ainda hoje, à vista.

Cassetes piratas. Por causa do roubo de umas gravações, vai para aí uma babúrdia em torno da Polícia Judiciária e do seu (ainda?) director. Nem comento...

Surpresa. A propósito da ideia peregrina de "deslocalizar" secretarias de Estado o PSD de Santarém pede a demissão dos autarcas de Santarém. Até hoje nunca o PSD de Santarém havia feito tal pedido, de onde concluo que estão, genericamente satisfeitos com a governação socialista daquele município. Espantoso.

Uma campanha alegre (e soarista e socrática). Entretanto, o PS continua em alegre campanha para a eleição do seu próximo chefe (ia escrever líder, mas nenhum dos candidatos conseguirá ser realmente um líder). O dia de hoje passou sem insultos (acho...).

segunda-feira, agosto 09, 2004

Merci beaucoup

Tropecei hoje no segundo volume da edição 50 Ans de Rock da magnífica Les Inrockuptibles. Além dos sempre exelentes textos, este segundo volume ainda oferece um CD com pérolas dos The Modern Lovers, The Velvet Underground, Buzzcocks, Feelies, Young Marble Giants, ESG, Felt ou Brian Eno. Como eles dizem, [alguns dos] trésors cachés de 50 ans de Rock. Esta colectânea vai de férias comigo. Esta e a colectânea que os Red Hot Chili Peppers organizaram para a Mojo com Gang of Four, Sly and the Family Stone, Blonde Redhead [uma das minhas paixões secretas há alguns anos,] The Slits, Harmonia, Frank Zappa e Funkadelic, entre outros.

SeinLanguage [is a virus]

A propósito de um dos posts Nostalgia Creeps [on television, the drug of the nation], alguém me deixou um comentário dizendo que tinha mesmo era saudades do Seinfeld. Eu também. Deve ter sido por isso que adquiri Linguagem Seinfeld [SeinLanguage no original], o primeiro livro da colecção E agora para algo completamente diferente das Produções Fictícias e da Gradiva.

Uma muito recomendável leitura para o Verão [e para todas as outras estações do ano, já agora]. Só há um pequeno problema: vou ter mesmo que comprar a edição em Inglês. Não é que a tradução não seja boa, mas nisto do humor a versão original é sempre preferível. Muitos dos trocadilhos e das subtiliezas de Jerry Seinfeld perdem muito na passagem para o Português.

sábado, agosto 07, 2004

Nostalgia creeps [on television, the drug of the nation] # 5

"In 1972 a crack commando unit was sent to prison by a military court for a crime they didn't commit. These men promptly escaped from a maximum security stockade to the Los Angeles underground. Today, still wanted by the government, they survive as soldiers of fortune. If you have a problem, if no one else can help, and if you can find them, maybe you can hire the A-Team."
H.M. Murdock

Nostalgia creeps [on television, the drug of the nation] # 4

Eles salvavam o mundo, sempre em grande estilo. Eram Os Vingadores.

John Steed

John Steed e David Keel

Catherine Gale

Emma Peel

Tara King

quinta-feira, agosto 05, 2004

Nostalgia creeps [on television, the drug of the nation] # 3

Jamie [Helen Hunt] e Paul [Paul Reiser], o casal mais apaixonado da têvê. Loucos um pelo outro e nós por eles.

Nostalgia creeps [on television, the drug of the nation] # 2

Northern Exposure

Maggie O'Connell [Janine Turner] e Joel Fleischman [Rob Morrow]

Nostalgia creeps [on television, the drug of the nation]

Quem se lembra do tempo em que as noites de quintas-feira eram sagradas?

Nostalgia creeps # 7

Don't Want To Know If You Are Lonely

I'm curious to know exactly how you are
I keep my distance but that distance is too far
It reassures me just to know that you're okay
But I don't want you to go on needing me this way

And I don't want to know if you are lonely
Don't want to know if you are less than lonely
Don't want to know if you are lonely
Don't want to know, don't want to know

The day you left me, left me feeling oh so bad
Still I'm not sure about all the doubts we had
From the beginning we both knew it wouldn't last
Decisions have been made the die has been cast

The phone is ringing and the clock says four A.M.
If it's your friends, well I don't want to hear from them
Please leave your number and a message at the tone
Or you can just go on and leave me alone
_____________________________________________________________________________________________
Hüsker Dü, in Candy Apple Grey [1986 Warner Bros]

terça-feira, agosto 03, 2004

Música, tempo e paciência

1. Quando jovem - inconsciente armado em rebelde - universitário em Coimbra, tive algumas discussões, leia-se troca de ideias, sobre música com as mais variadas pessoas. Com o Miguel sobre a irrelevância dos U2 e dos Pink Floyd, com a Olga e a Paula sobre os movimentos góticos e Industriais, com o Paulo sobre tudo e mais alguma coisa. Entre outros disparates, e algumas boas-ideias-desculpem-lá-a-imodéstia, defendiamos - eu e o Paulo - que os músicos se deviam reformar aos 30 anos, ou ser pura e simplesmente impedidos de produzir música. Como provas irrefutáveis dessa nossa "teoria" atirávamos para a mesa com os nomes de Pink Floyd, Rolling Stones, os ex-Beatles, Johnny Rotten, Neil Young e outros. Outra "teoria" que defendíamos tinha que ver com a falta de tempo [e de paciência] para ouvir música irrelevante, conservadora, retrógrada e inconsequente. Para quê perder tempo com um disco ou um concerto que nada nos oferecia de novo e excitante se podíamos estar a ouvir algo que nós tinhamos por inovador? A primeira "teoria" abandonei-a há já alguns anos [antes de eu próprio ultrapassar a barreira dos 30, aliás]. A segunda nem por isso. Realmente, para quê perder tempo com irrelevâncias?

2. De há uns tempos para cá, várias pessoas têm tentado convencer-me da qualidade de grupos como os Plaza, os Loto ou os X-Wife, para citar apenas alguns. O meu argumento é, repetitivamente, o mesmo: não tenho tempo, nem paciência, para perder com coisas que não passam de meras reciclagens de obras que, por acaso ou nem tanto, já ouvi no seu devido tempo. A pop-rock levezinha e inconsequente dos idos de 80 retomada pelos Plaza, os plágio descarados [e desavergonhadamente "subsidiados" pela imprensa lusa] dos New Order assinados Loto ou as desesperadas tentativas de João Vieira dos X-Wife para soar como o Johnnny Rotten não me dizem nada. Zero. Nicles. Além do mais, já dei para esses peditórios. "Mas já ouviste o álbum?", perguntam-me. Não. Nem quero ouvir. Nem vou ouvir. Não tenho tempo. Não tenho paciência, porra! "Arrogante!...", atiram-me. Se calhar. Mas se me explicarem onde está a novidade de qualquer um dos três nomes que dou como exemplo, prometo ouvir os álbuns. Entretanto, vou continuar a dedicar o meu tempo ao último dos Mão Morta e às estreias d' A Naifa e dos Dead Combo, para citar apenas alguns...

Na música, como nas outras artes e genericamente na vida, há que estabelecer prioridades e gerir o tempo limitado que nos é dado viver. Digo eu. Alguém, em seu perfeito juízo, troca um fim-de-semana na Damaia por um dia no Gerês?