Carlos Queiroz no Real Madrid?
Ora aqui está uma (potencial) boa notícia nestes tempos em que tudo parece correr mal a Portugal e a quase todos os Portugueses. Carlos Queirós conquistou vários títulos europeus e mundiais nas camadas jovens da Selecção Nacional de Futebol, "criou" a dita "geração de ouro" do futebol português, foi despedido do cargo de treinador do Sporting por Pedro Santana Lopes, não serviu para treinador da principal Selecção Nacional (parece que queria "limpar a porcaria toda que há na Federação"...), treinou diversos clubes nos Estados Unidos e no Japão e as selecções dos Emirados Árabes Unidos e da África do Sul (qualificando esta para um Mundial) e sagrou-se campeão inglês ao serviço do Manchester United. É este o homem que o Real Madrid (mais do que um clube de futebol, uma constelação de estrelas) deseja para orientar as suas vedetas nos próximos tempos. Ainda que acabe por não se mudar para Madrid, Queirós é já mais uma prova de que, neste país, aqueles que são verdadeiramente competentes naquilo que fazem não se safam e acabam por ir para outras paragens dar o eu melhor, sejam jogadores ou treinadores de futebol, cientistas ou gestores. E depois ainda nos admiramos de ser um dos mais atrasados paises da União Europeia...
terça-feira, junho 24, 2003
segunda-feira, junho 23, 2003
A GNR para o Iraque, rapidamente e em força (mas sem blindados)
Falta de blindados pode adiar envio de GNR para o Iraque
Após a invasão do Iraque pelas tropas de uma pseudo-coligação internacional, o Dr. Durão Barroso ofereceu a inestimável ajuda de Portugal para colaborar na ocupação daquele país do Golfo Pérsico (por acaso, riquíssimo em petróleo...). Para tal disponibilzou 120 heróicos elementos da GNR (Guarda Nacional Republicana), o que parece uma decisão acertadíssima, fundamentalmente porque Guarda Nacional Republicana é (era?) o nome da tropa de elite do regime de Saddam Hussein; assim, a integração e o contacto com a população local está, obviamente, facilitada... Claro que a oposição, os profetas da desgraça do costume e até a Associação dos Profissionais da Guarda (APG) criticaram violentamente o nosso primeiro. Dizem eles que a nossa GNR não tem preparação para este tipo de missões, que não dispõe de meios operacionais, que é um desperdício de Euros e etc e tal. Disparates! Quanto à oposição (o seu papel é opor-se...) e aos profetas da desgraça (o seu papel é profetizar a... desgraça) ainda se entende que sejam contra, agora a APG não concordar com a ida dos nossos corajosos GNRs é que parece inconcebível! Então e a experiência enriquecedora de que irão disfrutar? E o dinheiro a mais que vão receber? E a possibilidade de contactar com povos, culturas e religião diferentes? Oh meus amigos, para o Iraque rapidamente e em força! Além do mais, segundo as notícias, o ambiente de Bagdad não é assim tão diferente de qualquer bairro degradado dos nossos subúrbios (violência, caos, lixo, contrabando, armas de fogo), o que facilita ainda mais o contacto com a população local (já para não falar nas semelhanças fisicas entre os nossos bravos GNRs e a população masculina iraquiana - baixos, morenaços, charmosas bigodaças - que é uma mais-valia para eventuais missões de infiltração entre a população). O único problema é que os sacanas dos Carabinnieri italianos, que supostamente lhes darão boleia para o Iraque, se andam a fazer esquisitos... Sempre me pareceu que os italianos não são de fiar. Já os Romanos (antepassados dos italianos, como bem sabemos) para derrotar o nosso Viriato lhe fez umas promessas só para o atrair a uma cilada e "fazer-lhe a folha". Muito cuidado com os italianos, portanto. Cá para mim, eles preparam-se para dar boleia aos nossos garbosos GNRs só para os largarem algures no meio do deserto iraquiano...
Após a invasão do Iraque pelas tropas de uma pseudo-coligação internacional, o Dr. Durão Barroso ofereceu a inestimável ajuda de Portugal para colaborar na ocupação daquele país do Golfo Pérsico (por acaso, riquíssimo em petróleo...). Para tal disponibilzou 120 heróicos elementos da GNR (Guarda Nacional Republicana), o que parece uma decisão acertadíssima, fundamentalmente porque Guarda Nacional Republicana é (era?) o nome da tropa de elite do regime de Saddam Hussein; assim, a integração e o contacto com a população local está, obviamente, facilitada... Claro que a oposição, os profetas da desgraça do costume e até a Associação dos Profissionais da Guarda (APG) criticaram violentamente o nosso primeiro. Dizem eles que a nossa GNR não tem preparação para este tipo de missões, que não dispõe de meios operacionais, que é um desperdício de Euros e etc e tal. Disparates! Quanto à oposição (o seu papel é opor-se...) e aos profetas da desgraça (o seu papel é profetizar a... desgraça) ainda se entende que sejam contra, agora a APG não concordar com a ida dos nossos corajosos GNRs é que parece inconcebível! Então e a experiência enriquecedora de que irão disfrutar? E o dinheiro a mais que vão receber? E a possibilidade de contactar com povos, culturas e religião diferentes? Oh meus amigos, para o Iraque rapidamente e em força! Além do mais, segundo as notícias, o ambiente de Bagdad não é assim tão diferente de qualquer bairro degradado dos nossos subúrbios (violência, caos, lixo, contrabando, armas de fogo), o que facilita ainda mais o contacto com a população local (já para não falar nas semelhanças fisicas entre os nossos bravos GNRs e a população masculina iraquiana - baixos, morenaços, charmosas bigodaças - que é uma mais-valia para eventuais missões de infiltração entre a população). O único problema é que os sacanas dos Carabinnieri italianos, que supostamente lhes darão boleia para o Iraque, se andam a fazer esquisitos... Sempre me pareceu que os italianos não são de fiar. Já os Romanos (antepassados dos italianos, como bem sabemos) para derrotar o nosso Viriato lhe fez umas promessas só para o atrair a uma cilada e "fazer-lhe a folha". Muito cuidado com os italianos, portanto. Cá para mim, eles preparam-se para dar boleia aos nossos garbosos GNRs só para os largarem algures no meio do deserto iraquiano...
sexta-feira, junho 13, 2003
Sampaio indignado com acusações
Aquele senhor que é irmão do famoso psicólogo Daniel Sampaio ficou muito chateado com umas acusações que um tal de Armando Vara proferiu contra a sua pessoa. Ora, o marido da Srª Maria José Rita, que não é homem de levar deasaforos para casa, reagiu de imediato. Que não senhor, não tolera não sei o quê, que não admite isto e aquilo... enfim, armou uma peixeirada lá para os lados dos Açores, arquipélago por onde se passeia há alguns dias distribuindo condecorações e comendo queijo da ilha às escondidas da esposa (parece que a senhora não quer que a barriga do seu digníssimo esposo cresça mais ainda...). Toda esta polémica vem na sequência do escândalo Casa Pia e de um perdão de penas para diversos crimes (entre os quais o crime do abuso sexual de menores) aprovado há quatro anos - por unanimidade! - na Assembleia desta República à beira-mar espantada... O mais espantoso é que na altura todos - TODOS - acharam muito bem, que era uma boa ideia sim senhor, que era a melhor forma de assinalar os 25 anos do 25 de Abril, e etc e etc... Agora, ninguém teve nada a ver com o perdão, a ideia não foi de ninguém, ninguém assume a porra da responsabilidade. Enfim, nada de novo a oeste de Espanha...
Entretanto, na Defensoria Pública do Rio de Janeiro, uma tal de Fátima Felgueiras quase chorou baba e ranho. A dita senhora, que até há bem pouco tempo morava algures em Felgueiras, diz-se vitima de uma perseguição politica e afirmou peremptoriamente que é a "a primeira exilada politica do Portugal democrático"! Acrescentou até que está disposta a tudo esclarecer no local próprio e a provar a sua inocência. Só não explicou exactamente qual o local próprio... Eu sempre pensei que seria nos tribunais, mas fiquei com a impressão que para ela o "local próprio" deve ser algures no Rio de Janeiro, talvez em Copacabana, entre um mergulho no mar e uma caipirinha numa esplanada... Por mim a senhora pode dizer o que lhe passar pela cabeça, afinal de contas tanto o Brasil como Portugal são democracias onde existe o direito constitucional à livre expressão do pensamento (por mais absurdo ou idiota que ele seja...). Mas há algo que me faz uma tremenda confusão: porque é que os canais televisivos nacionais transmitiram em directo e na abertura dos seus principais blocos de noticias o espectáculo montado no Rio de Janeiro? Não teria sido melhor fazê-lo no horário das telenovelas? E de que é a senhora acusada, afinal? De possuir um saco azul, distribuir dinheiro pelo clube de futebol local (F.C. Felgueiras) e facilitar umas licenças a construtores civis... Quanto a sacos azuis, por mim cada um tem sacos da cor que quiser e isso não é crime (a menos que seja um crime contra o bom-gosto...). Se dar dinheiro a clubes de futebol é crime, então prendam o governo (ouvi dizer que o Estado está a ajudar a pagar uns estádios que se andam por aí a construir...). Quanto às ajudas aos construtores civis, também não vejo qualquer problema: afinal a senhora estava a ajudar a economia nacional, auxiliando um dos seus mais activos sectores, já para não falar do cariz social do negócio da construção civil - sim, o que seria de milhares de africanos e Europeus de Leste sem o seu empregozito nas obras?
Aquele senhor que é irmão do famoso psicólogo Daniel Sampaio ficou muito chateado com umas acusações que um tal de Armando Vara proferiu contra a sua pessoa. Ora, o marido da Srª Maria José Rita, que não é homem de levar deasaforos para casa, reagiu de imediato. Que não senhor, não tolera não sei o quê, que não admite isto e aquilo... enfim, armou uma peixeirada lá para os lados dos Açores, arquipélago por onde se passeia há alguns dias distribuindo condecorações e comendo queijo da ilha às escondidas da esposa (parece que a senhora não quer que a barriga do seu digníssimo esposo cresça mais ainda...). Toda esta polémica vem na sequência do escândalo Casa Pia e de um perdão de penas para diversos crimes (entre os quais o crime do abuso sexual de menores) aprovado há quatro anos - por unanimidade! - na Assembleia desta República à beira-mar espantada... O mais espantoso é que na altura todos - TODOS - acharam muito bem, que era uma boa ideia sim senhor, que era a melhor forma de assinalar os 25 anos do 25 de Abril, e etc e etc... Agora, ninguém teve nada a ver com o perdão, a ideia não foi de ninguém, ninguém assume a porra da responsabilidade. Enfim, nada de novo a oeste de Espanha...
Entretanto, na Defensoria Pública do Rio de Janeiro, uma tal de Fátima Felgueiras quase chorou baba e ranho. A dita senhora, que até há bem pouco tempo morava algures em Felgueiras, diz-se vitima de uma perseguição politica e afirmou peremptoriamente que é a "a primeira exilada politica do Portugal democrático"! Acrescentou até que está disposta a tudo esclarecer no local próprio e a provar a sua inocência. Só não explicou exactamente qual o local próprio... Eu sempre pensei que seria nos tribunais, mas fiquei com a impressão que para ela o "local próprio" deve ser algures no Rio de Janeiro, talvez em Copacabana, entre um mergulho no mar e uma caipirinha numa esplanada... Por mim a senhora pode dizer o que lhe passar pela cabeça, afinal de contas tanto o Brasil como Portugal são democracias onde existe o direito constitucional à livre expressão do pensamento (por mais absurdo ou idiota que ele seja...). Mas há algo que me faz uma tremenda confusão: porque é que os canais televisivos nacionais transmitiram em directo e na abertura dos seus principais blocos de noticias o espectáculo montado no Rio de Janeiro? Não teria sido melhor fazê-lo no horário das telenovelas? E de que é a senhora acusada, afinal? De possuir um saco azul, distribuir dinheiro pelo clube de futebol local (F.C. Felgueiras) e facilitar umas licenças a construtores civis... Quanto a sacos azuis, por mim cada um tem sacos da cor que quiser e isso não é crime (a menos que seja um crime contra o bom-gosto...). Se dar dinheiro a clubes de futebol é crime, então prendam o governo (ouvi dizer que o Estado está a ajudar a pagar uns estádios que se andam por aí a construir...). Quanto às ajudas aos construtores civis, também não vejo qualquer problema: afinal a senhora estava a ajudar a economia nacional, auxiliando um dos seus mais activos sectores, já para não falar do cariz social do negócio da construção civil - sim, o que seria de milhares de africanos e Europeus de Leste sem o seu empregozito nas obras?
sábado, junho 07, 2003
Viver na Ucrânia como em Portugal
Ouvi esta semana, numa reportagem premiada da SIC, um imigrante ucraniano dizer que o seu maior sonho é que o seu país se desenvolva e que um dia seja possível viver lá como se vive em Portugal. Absolutamente espantoso. Claro que isto deveria ser motivo de orgulho para todos os portugueses, não fosse dar-se o caso de muitos portugueses olharem para o lado, para Espanha, e verem o nível de vida de que os nossos vizinhos disfrutam... Não sei o que passa pela cabeça daquele cidadão ucraniano, mas acho que muitos ucranianos, e não só, têm o mesmo sonho. O pior é se eles descobrem que, afinal, Portugal não um paraíso. E se eles realmente descobrirem que Espanha, Bélgica, Holanda ou Alemanha têm níveis de desenvolvimento bem superiores ao nosso? Acho que desaparecem daqui rapidamente. E quem fica a perder somos nós...
sexta-feira, junho 06, 2003
Sophia de Mello Breyner Andresen
A "bailarina" que "paira sobre a vida", como ouvi o seu filho descreve-la há uns dias, foi galardoada esta semana com o importantíssimo Prémio Rainha Sofia de Poesia Iberoamericana. Justo. Justíssimo. A senhora merece esse prémio, e todos os outros que já recebeu e aqueles que ainda há-de receber. Merece até o Prémio Nobel, muito mais do que o mereceu José Saramago, digo eu... Por mais um prémio, parabéns. Por todas as palavras que insistes em partilhar connosco, meros e vulgares mortais, OBRIGADO, Sophia.
Poesia
Se todo o ser ao vento abandonamos
E sem medo nem dó nos destruímos,
Se morremos em tudo o que sentimos
E podemos cantar, é porque estamos
Nus em sangue, embalando a própria dor
Em frente às madrugadas do amor.
Quando a manhã brilhar refloriremos
E a alma possuirá esse esplendor
Prometido nas formas que perdemos.
Poesia
Se todo o ser ao vento abandonamos
E sem medo nem dó nos destruímos,
Se morremos em tudo o que sentimos
E podemos cantar, é porque estamos
Nus em sangue, embalando a própria dor
Em frente às madrugadas do amor.
Quando a manhã brilhar refloriremos
E a alma possuirá esse esplendor
Prometido nas formas que perdemos.
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