sexta-feira, abril 30, 2004

quinta-feira, abril 29, 2004

Também quer regressar

Por falar em regressos e em vinganças, Esta também manda dizer que equaciona «fortemente a hipótese de regressar ao país» de onde partiu chorosa para o sol do Brasil depois de os malandros do Ministério Público terem andado anos a conspirar contra Ela. Pobrezinha.

Entretanto, a Senhora de Fátima, perdão, a Senhora de Felgueiras apareceu na SIC onde Rodrigo Guedes de Carvalho A tentou entrevistar no Jornal da Noite. Porém, a mensagem da Senhora é uma e uma só e não está nos Seus desígnios responder a perguntas tontas de pivots armados em entrevistadores sérios. Ela só quer a Justiça na Terra. E a Paz e o Amor, presumo.

[Interferência: eu, no lugar da Senhora regressava no dia 13 de Maio. Já imagino o impacto mediático da Sua aparição. Assim como já imagino o bom povo de Felgueiras berrando "Milagre! Milagre!" para as câmaras das nossas, salvo seja, têvês.]

Já chegou

E ei-la de volta para se vingar de Bill. Ladies and gentlemen, behold the bride!...

quarta-feira, abril 28, 2004

Não quero saber!...

Do Iraque, da retoma, do apito, do Sporting - Benfica, das críticas do Figo, das bocas do Scolari, das trapalhadas do Santana, whatever...

Até amanhã, já só penso na noiva. She'll be back with a vengeance...

segunda-feira, abril 26, 2004

Uma boa notícia

Não sou de Lisboa. Não moro em Lisboa e nem sequer é muito frequente ir a Lisboa. Mas gosto de Lisboa. Por isso acho que isto é uma boa notícia para Lisboa, para os lisboetas e, genericamente, para todos aqueles que gostam de Lisboa.

A Câmara Municipal Lisboa tem de suspender a construção do túnel do Marquês até à elaboração do estudo de impacte ambiental, segundo a decisão do Tribunal Administrativo de Lisboa citada hoje pelo advogado José Sá Fernandes.

Esta é também uma boa notícia para todos aqueles que acham que os senhores que detém o Poder em Portugal não podem fazer o que lhes dá na real gana ignorando as leis a que todos estamos obrigados.
Esta não será uma boa notícia para Pedro Santana Lopes que assim vê a sua grande, e ao que tudo indica disparatada, obra suspensa. É a vida, senhor presidente, é a vida...

sábado, abril 24, 2004

Uma ideia divertida

Descobri-a no Diário de Lisboa (que por sua vez a tinha descoberto aqui e esta tinha-a encontrado noutro sítio e assim sucessivamente a ponto de já não se saber de onde partiu a ideia).

1. Grab the nearest book.
2. Open the book to page 23.
3. Find the fifth sentence.
4. Post the text of the sentence in your journal along with these instructions.

[1. Pegue no livro que estiver mais próximo de si; 2. Abra o livro na página 23; 3. Procure a quinta frase; 4. Publique a frase no seu blog juntamente com estas instruções]

Depois passe pelo Google e faça a busca "sentence meme" e aguarde pelos resultados (no meu caso tive 125.000 resultados!).

Eis a minha frase:

"Again I placed it in the pan, and suffered it to remain another minute."
Edgar Allan Poe, The Gold Bug in Tales of Miystery and Imagination

30 anos não é muito tempo

Há exactamente 30 anos seria impossível eu estar aqui sentado a escrever isto. Há exactamente 30 anos havia quem estivesse preso por escrever ou dizer o que pensava. Há exactamente 30 anos havia homens a morrer num outro continente por um Império moribundo. Há exactamente 30 anos havia homens e mulheres fora de Portugal para poderem escrever e dizer o que pensavam. Há exactamente 30 anos havia homens e mulheres fora de Portugal para não morrer à fome. Há exactamente 30 anos havia um grupo de homens que conspirava para que 30 anos depois eu pudesse estar aqui sentado a escrever. Muito obrigado.

[random acts of speech] # 9

Grândola Vila Morena

Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade

Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena

Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade

Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto igualdade
O povo é quem mais ordena

À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola a tua vontade


José Afonso

[random acts of speech] # 8

E depois do adeus

Quis saber quem sou
O que faço aqui
Quem me abandonou
De quem me esqueci
Perguntei por mim
Quis saber de nós
Mas o mar
Não me traz
Tua voz.

Em silêncio, amor
Em tristeza e fim
Eu te sinto, em flor
Eu te sofro, em mim
Eu te lembro, assim
Partir é morrer
Como amar
É ganhar
E perder

Tu vieste em flor
Eu te desfolhei
Tu te deste em amor
Eu nada te dei
Em teu corpo, amor
Eu adormeci
Morri nele
E ao morrer
Renasci

E depois do amor
E depois de nós
O dizer adeus
O ficarmos sós
Teu lugar a mais
Tua ausência em mim
Tua paz
Que perdi
Minha dor que aprendi
De novo vieste em flor
Te desfolhei...

E depois do amor
E depois de nós
O adeus
O ficarmos sós


Paulo de Carvalho (música: José Calvário; letra: José Niza)

Liberdade


25 de Abril, Dia da Liberdade, 1977

Fonte: Centro de Documentação 25 de Abril, Universidade de Coimbra

sexta-feira, abril 23, 2004

A dois dias do aniversário da Revolução



Portugal, 25 de Abril, Sérgio Guimarães, 1974

Fonte: Centro de Documentação 25 de Abril, Universidade de Coimbra

Ou seja, continuamos na merda

O estádio da Nação

O país - noticioso, pelo menos - anda há dias obcecado com apitos e promiscuidades e tráficos de influências e corrupção na bola e o diabo a sete. Ele é Gondomar para aqui, Dragões (Sandinenses, claro) para ali. Entretanto, a clubite aguda de que alguns padecem começa a vir à tona (ainda que eu também ache que esta coisa do apito não vai dar em nada) e nem Prado Coelho foge ao tema da moda. Esse ao menos entretém-se com uma análise, digamos, semiológica (ou será semiótica?) do apito mais dourado do país.

segunda-feira, abril 19, 2004

A noiva

... chega a Portugal daqui a 10 dias.

[random acts of speech] # 7

GUMES
[Adolfo Luxúria Canibal / Miguel Pedro]

1.
Na noite que se avizinha, um mar de gatos com cio invade os sotãos, ensanguentando as memórias com a dor pungente dos dias em que o gume, o terrível gume das horas afiadas, rasgava os espíritos. Já o clarão das ruas toldava os cérebros com angústias venenosas e vertigens de suicídios sonhadores, na vontade de fugir ao inóspito vazio do tempo da ausência...

Elogio (fácil)

O novo álbum dos excelentíssimos Mão Morta é, como habitualmente, excelente. Será a banda de Adolfo Luxúria Caníbal, Miguel Pedro, António Rafael, Sapo, Vasco Vaz e Joana Longobardi não sabem fazer maus discos?

Parece que não.
Inspirado em Howl de Allen Ginsberg, Nus despe (perdoe-se o trocadilho fácil) uma geração e uma movida que agitou Braga algures nos anos 80.
Gumes, Gnoma, Vertigem, Estilo, Tornados, Cárcere e Morgue são mais 7 peças musicais de excepção a juntar ao catálogo da mais independente banda com origem em Portugal. Espantosamente (ou talvez não) nenhuma editora quis editar este álbum o que é mais uma prova da imbecilidade reinante na indústria musical cá do burgo. Nada que detenha os Mão Morta. Agarraram no disco e lançaram-no através da sua própria editora, a Cobra.
Nus (edição Cobra / 2004)

domingo, abril 18, 2004

Silêncio

Quase uma semana sem postar. Uma semana quase sem ler jornais ou ver noticários. Às vezes sabe bem fugir do mundo por uns dias.

segunda-feira, abril 12, 2004

Mentiras

Dan Senor, porta-voz de Paul Bremer (administrador norte-americano no Iraque), tem razões para acreditar que muitos media árabes não procuram a verdade. O senhor Senor lá terá as suas razões, fundamentadas ou não. Assim como Mark Kimmit, chefe adjunto das operações militares no Iraque, que acusa directamente a Al-Jazeera de fomentar o anti-americanismo.
Provavelmente muitos media árabes, como muitos media ocidentais, não procuram a verdade. Concedo. Quanto ao anti-americanismo, declarações como as destes dois altos responsáveis pelas acções norte-americanas no Iraque fazem mais pelo anti-americanismo que mil notícias na Al-Jazeera. Ou as mentiras de Bush, Blair e Aznar insistentemente veiculadas pelos media ocidentais sobre os motivos da invasão do Iraque. Não é preciso dar exemplos, pois não?

If you say so...

O homem que entendeu (e compreendeu!) a ameaça da Al-Qaeda antes dos atentados do 11 de Setembro garante que não havia informações concretas para evitar o... 11 de Setembro. E nós acreditamos, pois claro. Assim como acreditámos na existência de armas de destruição massiva no Iraque, na retoma de Durão e na existência do Pai Natal. E em bruxas.

sábado, abril 10, 2004

Anxiety (always)

Já ando a contar os dias que faltam para o dia 29 de Abril... Para abrir o apetite, está aqui o trailer.

4 secos

O fim de semana está-me a correr bem e a Briosa deu 4 secos ao Alverca.

Abril, sempre

Chegam-me rumores de polémicas a propósito do 25 de Abril mas estou-me nas tintas. Porém, noto com agrado que o Jumento anda a dar coices por aqui.

sexta-feira, abril 09, 2004

Então mas a guerra não tinha acabado???

Pois parece que não. A situação no Iraque é, segundo Jack Straw (ministro britânico dos Negócios Estrangeiros), «muito séria». É, aliás, a situação mais séria que a coligação invasora / ocupante / libertadora (riscar o que não interessa) do Iraque enfrentou. Há aqui algo que não bate certo: então aquele senhor que entendeu (e compreendeu) a ameaça da Al-Qaeda ainda antes do 11 de Setembro (três posts abaixo, please) não tinha declarado o fim da guerra há coisa de um ano atrás? Será que os iraquianos não receberam a notícia?

Sem palavras

Uma nova estratégia na luta contra a sinistralidade

Um tal de António Jorge de Figueiredo Lopes, "alegadamente" responsável pela Administração Interna, tem uma nova estratégia no combate à sinistralidade rodoviária em Portugal: o apelo ao bom-senso e civismo dos condutores. Assim, os automobilistas lusos deverão nas próximas horas começar «por si próprios a mudar de atitude». Está-se mesmo a ver...

sábado, abril 03, 2004

Are we the robots?

Ainda estou em estado semi-catatónico. A noite de ontem revelou-se melhor que a "encomenda": os Kraftwerk são de facto uma banda seminal. O seu espectáculo - chamar-lhe concerto seria ignobilmente redutor - teve momentos de verdadeira magia e não foi de todo frio ou cerebral. Vibrantes, arrebatadores em alguns momentos, foram os Kraftwerk no Coliseu dos Recreios.